segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Acabei de ler que a roupa íntima do reveillon TEM QUE SER nova. Ou seja: acabei de arrumar uma boa desculpa pra ir comprar um novo sutiã (ou soutien, né?), pq a calcinha eu já ganhei.

Todo mundo nessa onde de balanço de 2008... preguiça viu? Mas teve o carnaval em Recife, a viagem pra Alto Paraíso, o Fica, o Arraiá II, Muse, o fim do Violins, os shows do Móveis, as coisas tristes, violência, doença, saudades, novos amigos e amigos velhos cada vez mais amigos... teve tanta coisa, mas esse pode ficar marcado como o ano que eu SAÍ DE CASA.

E isso faz de 2008 um grande ano para mim.

a TOOOODOS que vem aqui por amizade, distração, gosto ou engano: FELIZ 2009!
Mas eu ainda volto antes do ano acabar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O mundo enlouqueceu DE VEZ!!!



Eu sou jornalista e trabalho em uma tv. É de se imaginar que eu vejo muita loucura todos os dias. Coisas absurdas e doentias, mesmo. Mas tem coisas que me chocam. Você já ouviu falar em "Reborn"? E em "Real Dolls"?
São bonecas que imitam bebês e mulheres com uma realidade impressionante (viu as fotos ali em cima?). Sobre as bonecas-mulheres, vá lá, eu já achava esquisito desde as bonecas infláveis. Mas bonecos bebês para adultos?! Como assim, Bial??? Será que só eu acho, no mínimo, esquisito isso? Pelo amor de Deus, quem tem amor pra dar não prefere dar a um ser humano que precisa?! Enquanto bebês de verdade são jogados no lixo todos os dias, tem gente pagando de 1 a 5 mil reais + frete por um boneco-bebê?!?! Pelo amor de Deus!!!
Na matéria abaixo, tem uma louca que leva a boneca até pro cabelereiro, e acha legal quando as pessoas percebem que não é um bebê e ficam curiosas. Olha, eu tento ser uma pessoa menos preconceituosa e aceitar as diferenças, mas isso?! Sinceramente, acho que a pessoa tem algo muito errado na cabeça. Ou é "falta de sirviço", como diria um amigo meu.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Na mão

Que droga, quero dizer um monte de coisa, mas tá tudo embolado, uma mistura de emoções que fica fazendo voltas dentro de mim. Vamos aos fatos: uma amiga minha está doente. É claro, não posso fazer nada. Mas não deixo de ficar triste e, mais triste ainda, por ter que ficar longe dela. Eu sou super-protetora. Gosto de ficar perto, abraçar, conversar, contar piada, levar chocolate, filme, bombom, livro e o que for pra deixar o cenário com um pouco de colorido.


Mas agora não dá.
Pior é a sensação de não ter deixado claro o quanto eu gosto dela. Acho que eu nunca disse o quanto ela é importante pra mim. Torci por ela. Comemorei suas vitórias. Fiquei com saudade e insisti pouco pra ela deixar de ser enrolada e sair comigo. Liguei pouco, fiz pouco. Aí agora não posso fazer nada? Mentira, posso sim.

Acredito nas energias positivas. Em reza, oração, mandinga, macumba e tudo o mais que for do bem. Acredito no amor, no carinho e atenção via pensamentos, sonhos, telefones, cartinhas; Acredito na medicina. E acredito, principalmente, nela.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Eu tô numa dúvida atrozzzz (z de ênfase, tá?).
Dívida do remédio, do cabelo e do coração, pra citar as mais importantes.

1* do Remédio

Não faz muito tempo, tava foda, juro. Aí passei a tomar umas gotinhas mágicas. Foi ótimo. Mas o ruim foi que não fiz o que deveria ter feito: continuar a acupuntura e fazer terapia. Acho que terapia é algo fundamental para qualquer ser humano. Mas a sociedade (quem?) não pensa assim. Enfim, isso não vem ao caso agora. Me acomodei com o efeito mágico super bom. Ótimo. E ninguém nunca mais me viu chorar a toa. Ou nem era a toa antes, eu só nunca soube mesmo definir. Chorei, é claro. Mas a violência da cidade e da vida atingiram pessoas muito, muito amadas. Eu tinha que chorar pra ajudar as pessoas a sorrir depois.
(espaço que o blogger não dá)
Voltando... passei a me sentir tão bem que fui abandonando as gotinhas. Irresponsável, eu sei. Sei, sei... Mas fui abandonando. Aí agora tem uns dias que eu não tomo. E anteontem eu fiquei péssima, daquelas da expressão *na merda. Mesmo. E ontem também. Mas tinha um motivo que eu não posso, jamais, admitir em voz alta. Jamais. Jamais. Jamais. Talvez eu exploda, enfim, não posso. E ontem decidi que tenho que voltar pras gotinhas e pro caminho que eu vivo falando que vou.
(espaço que o blogger não dá)
Mas hoje eu amanheci bem. Ontem já tinha melhorado, mas a sensação de "estou bem" se mostrou inteira hoje. Bem sem gotinhas. Uau. E ficaria tudo bem, tudo resolvido (adeus gotinhas), se não fosse o medo. Vai que, de uma hora pra outra, eu surto e volto pra merda?! Isso é bem fácil de acontecer comigo-sem-gotinhas. Mas aí eu fico pensando se não tá na hora de ser corajosa e ver qual é, o que mesmo acontecendo e tratar disso, seja lá o que isso for. Será que eu consigo? Será que, mesmo se não conseguir, não seria mais verdadeiro que insistir em usar muletas? Por que não me dou a chance de provar que ok, estou bem e agüento seja lá o que for?!
Ainda não sei, mas estou quase chegando lá. E agora tenho que voltar a trabalhar (já que estou no trabalho) e vou deixar o cabelo e o coração pra depois. Por ora, tá bom. Mesmo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008


Acho que desenvolvi uma síndrome nova. Ou talvez seja uma neurosa clássica. Sei lá, sei lá.
Ando com duas pirações. Uma: ao menor sinal estranho, acho que a pessoa está grilada comigo. Se a pessoa não me atende, se desliga secamente o telefone, se reclama de uma coisa que tem razão... Tudo eu acho que a pessoa já quase me odeia. Ái!
A outra é que eu simplesmente não consigo decidir o que fazer. Não sei o que fazer hora nenhuma por esses dias. Por exemplo: estou no trabalho agora e tenho que almoçar, ir pra fisioterapia e pagar umas contas. Queria ir lá em casa. Mas fico calculando o tempo entre tudo isso e estou, até agora, sem saber onde vou. Acho que não vai dar tempo. Nada.
Aí eu tinha um monte de coisa pra escrever, uns temas legais, sabe? Mas sabe quando o texto não flui? Vou fazer uns pequenos tópicos:
* Estou muito magoada com o Seu Jorge. Esperei tanto tempo por um show dele e quando finalmente vou, o cara me apronta uma feiura dessas?! Ficava chamando uns amigos pra cantar pq "tô muito doido" (ele mesmo falou), cantou cover chatinho (pra que?!), enrolava demais e cantava pouco... enfim, não levou o show a sério hora nenhuma. Tava esperando pra ouvir as músicas mais instrospectivas do cd novo, esperava um artista com o mínimo de respeito ao público... Aí me aparece um fanfarrão cantador de hits pra animar a galera. Francamente... não pago mais por show dele!
* Estava implicada com Marcelo Camelo desde o fim do Los Hermanos e depois de baixar o novo cd e dormir ouvindo a primeira faixa. Mas aí fui no show e ele me colocou no bolso, comeu meu coração, me ganhou de jeito e, no final, lá estava eu gritando histérica e fazendo coro pra ele não ir embora. Sou*, sim, sua fã!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Notinha


MAIS UM ASSASSINATO EM GOIÂNIA./ O MENOR VANILDO JÚNIOR FERREIRA DE OLIVEIRA, DE 12 ANOS, FOI MORTO ONTEM A NOITE NO SETOR CRIMÉIA OESTE./ SEGUNDO A POLÍCIA, O MENOR ERA “AVIÃOZINHO” E DEVIA DINHEIRO PARA UM TRAFICANTE./ ELE MORAVA EM UMA INVASÃO PRÓXIMA AO LOCAL DO CRIME E SEUS PAIS ESTÃO PRESOS./ O CASO VAI SER INVESTIGADO PELA DELEGACIA DE PROTEÇÃO A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE – DEPAI.///

(nota do Jornal Brasil Central de hoje)

Não é sempre, mas eu questiono: Do que adiadanta uma investigação da Depai? Pra que uma proteção a um adolescente morto?
Aí alguém vai investigar e fazer um relatório dizendo que o menor vivia na pobreza, com um passado violento, com pais criminosos... Provavelmente, começou cedo a trabalhar no tráfico de drogas. Não pisava mais na escola. Já era homem, cuidava da vida. E morreu com cinco tiros porque não pagou o fornecedor.
Eu sei que o tráfico gera violência. Que não se pode passar a mão na cabeça de bandidos. Sei de um monte de coisa. Mas... sinceramente... acho isso triste. E muito.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Cama na Varanda



Eu nem lembro o que estava procurando no http://gettyimages.com, mas achei essa imagem linda que é muito parecida com minha nova fase. Conforto, paz, Belinha, jardim, leitura... só me falta mesmo o gatinho (e não precisa ser dos que fazem miau).

segunda-feira, 10 de novembro de 2008




Não é verdade que quem tem boca vai à Roma. Na verdade, você vai precisar de dinheiro e equilíbrio mental. Na escassez de um e na falta completa de outro, você vai à Roma, mas vai sair de lá correndo e chorando. Às vezes nem é loucura, é só que você ficou muito fragilizada depois de chorar no Louvre, em Paris. E juro que minha viagem pra Europa foi muito feliz. A vida tem dessas, , que coisa...

(pausa pra um momento cotidiano)


"psi-psi-psi-psi" Ouço mas nem ligo, porque estou de costas e escrevendo, não enche. E nem irritada não, só não quero psi-psi pra mim agora. Aí quando o fazedor de psi-psi me vê meio que de perfil (pq nem chegou a me encarar), deu meia volta e exclamou: "Ah, nem é você que eu quero!".

Aí tá, saí da minha imersão textual e dei a volta na cadeira. Vi o psi-psiter de costas e puder afirmar de longe: "Nem você é quem eu quero".

aqui escrevendo de boa, sem incomodar ninguém, e vem um bobo do nada dizer que não me quer?! Eu hein.

(beleza, voltemos)


Toda vez que encontro um jeito muito legal de escrever, fico tentando imitar. Quase que automático, até esqueço que é cara de pau. Mas é esse aqui ó: http://backnforth4ever.blogspot.com

Ultra bom. Juro. E foi a Cacau que me indicou. E o blog da Cacau também é "o que há". Ta ali do lado, Café das Ilusões. Depois vai lá, mas termina de me ler, ok?


*

Depois de enrolar 27 anos (27 anos, MEU DEUS!!!) enrolando pra sair de casa e 2 meses depois de ter me mudado, lá vou eu de novo. Não é que tomei gosto por mudança. Aliás, é bem chato, mas é necessário. A verdade é que apareceu um lugar que cabe nós: eu e Belinha. E meu primo Pablo não entende como um cachorro pode ser o ponto central de um problema. Mas é. E o lugar é lindo. Eu adorei. Me apaixonei por um jardim e um pé de jaboticaba. O novo point estará aberto à visitação em breve, assim que eu estiver lá.


*

Insetos voadores por todo lado aqui no trabalho. E eu de bermuda. Tenho que torcer por muriçocas. "Não é o mosquito da dengue, não é o mosquito da dengue" é o mantra de hoje. Cantemos.


*

Sono. Nem sei por que. Desde ontem. Saco.

Mas vou pra fisio, o que é o mais perto que chego de uma malhação. Aí deve passar, espero. Mas vai. Tenho trabalho pra fazer. Urgente.

*

Sim, a tristeza passou. Estou bem de boa. Papai reconheceu que minha voz está boa, então eu devo estar feliz. Sim, papai. Eu estou bem, de verdade. Só preciso de um carro com câmbio automático. Ou talvez a questão seja ter dinheiro para comprar esse carro. Mas penso nisso mais tarde. Vou almoçar.


Boa semana pra você que veio aqui e pra quem não vem também. Pro mundo. Uma boa semana!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008


Sei lá porque, me deu uma tristeza enorme ontem à noite. E olha que meu dia foi bom. Aliás, meu final de semana foi bom. Mas não sei porque fiquei tão triste. Não acredito que tenha sido por conhecer a Amy, a cachorrinha bebê que o insano do meu primo comprou. E eu tinha acabado de chegar da Pizza Hut com o Pablo, Jordana e Pedro. E ri até doer a barriga. Então não tinha mesmo motivo aparente.

Mas, em algum momento entre ontem à noite e hoje de manhã, identifiquei um grande incômodo com minha vidinha mais ou menos. E não sei se isso é causa ou consequência daquela tristeza. Eu planejo um monte de coisa e não faço quase nada. Não consigo resolver problemas simples. Quero um namorado mas não faço grande coisa pra conseguir um (se é que há o que fazer...). Tenho um emprego medíocre e um desempenho idem. Não estudei praquele concurso. Administro super mal meu dinheiro. Esqueço das contas. Ai, chega né?!

Mas esses são apenas exemplos do modo que ando levando a vida. E posso dizer, com certeza, que o esforço que faço é pouco. Que uso muito pouco o meu potencial, que é enorme. Eu sou uma excelente escritora com um monte de idéias surgindo na cabeça. Eu sou uma mulher bonita e inteligente, mas que tá gordinha e é preguiçosa. Eu sou uma ótima pessoa, é sério. Mas me perco por aí em mil caminhos enrolados e sem futuro. Não sei impor minha vontade. As vezes, não sei nem qual é a minha vontade. Enfim...

Tudo parece muito caótico escrevendo assim, mas nem é. Está tudo bem. Estou saudável, as coisas vão bem. Mas o que percebi é que esse "tudo bem" é pouco. Eu quero mais. Eu posso mais. E mereço. Só preciso tomar vergonha na cara e fazer algo, ou tudo, para mudar. E é aí que o bicho pega...


ps: se não conseguir ler, a Mafalda lá em cima pergunta: "Às vezes vocês não se sentem um tanto indefinidos?"

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Don't worry pra não se estressar,
Be happy pra se alegrar..
Relax!
Que tudo fica diferente.
Stress faz adoecer, amor rejuvenescer
Sorria mais, e leve a vida simplesmente...



Tô com essa música na cabeça (Don't Worry, Be Happy, da Mart'nália), abertura da novela 3 Irmãs, mas toda vez que estou na lan house da mamãe esqueço de baixar. Se tiver alguém a toa aí e quiser me fazer esse favor...

Feriadão delícia, delícia! Deu pra descançar, ficar de boa e até esquecer que ontem era um dia normal pra quase todo mundo. Hoje voltei a trabalhar, mas ainda no clima de feriado. Meus amigos concursados estão tranqüilos em casa, mas tudo bem, trabalhar também é bom. Principalmente numa redação quase vazia, pouca gente gritando e gente oferecendo comidinhas do bem (manga e bolacha de centeio).

Aí eu vou pra fisioterapia reclamar que meu joelho tá pior, mas depois esqueço e vou no cinema. Aí minha semana só começa mesmo na quarta. E logo vem o final de semana de novo =)

domingo, 12 de outubro de 2008

do Jogo

Eu vasculhei o orkut pra saber quem é o cara que ela ama. Num pensamento tolo, pensei em achar o idiota que não a ama e me transformar um pouco nele. Talvez, mesmo de uma forma errada e feia, ela gostaria mais de mim se eu pudesse ser um pouco ele. Mas talvez ela goste dele justamente por que ele não gosta dela, e isso é provável. Porque eu só penso nela e ela gosta, mas não suspira. Nunca me incluiu nos seus sonhos. Nunca me pensou em pecados. Isso poderia me doer mais, mas a esperança amortece os baques de realidade e sigo tentando acertar o momento de passar por ela e causar mais que um sorriso gentil e amistoso.
Por isso, sigo investigando cada letra que ela escolhe pra se expressar e imagino qual o pensamento inteiro que ela resumiu em palavras. Sigo adivinhando seu perfume pelas paredes e acho divertido os dias de muito sono quando ela esquece até de por os brincos.
E é por ser um tolo que quero saber de tudo, até do que ela não admite, porque queria ensiná-la que todo o seu ser é merecedor de amor. E vou continuar até que, por lucidez ou cansaço, ela me entenda.

(pra evitar mal entendidos, explico: escrevi esse texto como um personagem imaginário que ama uma mulher que ama outro homem. Não sou um homem, não amo uma mulher e nem outro homem, embora alguns algozes se apoderem do meu coração sem piedade, mas logo o deixam. E tudo surgiu de um turbilhão de pensamentos, um encontro com um torturador e uma conversa boa com alguém distante. E esse turbilhão de pensamentos resumidos em palavras, isso sim, sou eu.)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

No mais

É justamente quando mais tenho o que falar, o que contar, que menos escrevo. Estranho isso, mas é quase sempre assim. E vai fazer um mês que eu me mudei e estou descobrindo as dores e delícias de morar (praticamente) sozinha. Até que as coisas se resolvam na minha cabeça, acho que não consigo falar muito sobre isso.
Cansa ser canceriana, tudo é um processo...
 
Mas ontem foi bom. Cheguei na minha casa me sentindo estranha, triste, sei lá. Início de tpm, solidão, fase lunar... Fui no supermercado porque não tinha jeito de não ir. O mix de sentimentos estranhos me acompanhou e, querendo ir embora logo, esqueci de comprar leite. E o que eu tinha ido comprar? Pois é, leite. E nem era pra mim, pq eu só bebo o de soja. Era pra vovó, ou seja, não podia te esquecido. Mas ok, fui lá na casa da minha mãe já com o pé super atrás, pq meu irmão anda me tratando muito mal e eu, idiota, fico abalada com isso. Era só pra deixar as compras, ficar um pouco com Belinha (outra dor que tá me ferindo, ficar sem ela) e ir embora. Mas tava passando Simpsons, o filme. E o clima tava bom. E ri demais. Bom demais. Resolvi dormir por lá e aproveitar que tinha encontrado um tiquinho de paz pra dormir bem. Funcionou, ufa! É bom ainda ter casa no lugar que até agorinha era meu.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Recado

Queridos amigos blogueiros,
 
Peço desculpas pela minha ausência nos blogs de vocês. Me mudei recentemente e a internet não me acompanhou (ainda). No trabalho, esses maravilhosos sites são proibidos e só consigo postar no meu porque mando por email.
Visitar os blogs de amigos não é uma mera obrigação de retribuir a visita, mas sim um hábito que adoro e que sempre me enriquece.
 
Peço a vocês um pouquinho de paciência e, por favor, não me abandonem achando que sou uma metida sem consideração.
 
Muito obrigada!
 
Agatha
 
ps: estou deveras chateada com meu novo apartamento porque 3 dias depois de mudar vieram me avisar que Belinha não poderia ficar ali. Estou aguardando uma reunião com os sócios majoritários para decidir o que fazer. Assim que eu me permitir ficar realmente alegre por ter saído da casa da mamãe, escrevo tudo aqui. Continuem enviando energias positivas. Mais uma vez, obrigada!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

P/M/G

 
MEDOS
 
Pequenos
) Quebrar a unha
) Tomate seco e muçarela de búfala em falta do Subway
) Os leitores acharem que escrevi muçarela errado.
 
Médios
) do que eu vou encontrar ao levantar a tampa de vasos sanitários
) Rótulas e alta velocidade no trânsito absurdo de Goiânia
) Homens correndo na rua (nem sempre parece cooper ou tem ônibus passando)
) Violência/Maldade
 
Grandes
) Carboidratos refinados
) Vigias de carro / Flanelinhas
) Envelhecer sozinha
) Morrer sozinha
) Perder as pessoas que amo e Belinha (embora eu ache que ela é pessoa)
) Me acomodar com as desculpas, não lutar pelos meus sonhos e deixar a vida passar sem graça.
 
 
ESPERANÇAS
 
Pequenas
! Passar no concurso do TRT sem estudar direito o Direito
! Reencontrar amores antigos no dia que eu estiver magra, linda, maquiada, escovada e com um novo amor ao lado.
! Ser proibido música sertaneja em qualquer lugar que eu for
! Nova geração musical menos pior que a atual
 
Médias
!! Sair bem da prova do TRT e ficar animada.
 
Grandes
!!! Conseguir ficar com a Belinha no meu novo lar
!!! Estudar na véspera do concurso, passar e ser chamada logo. E o trabalho ser ótimo.
!!! Encontrar o amor da minha vida e ser muito feliz com ele.
!!! Ter filhos ótimos e ser uma ótima mãe.
!!! Aprender a lidar com "os probremas" sem surtar.
!!! Reencontrar amores antigos sem mágoas e sinceramente desejar que eles sejam muito felizes. 
!!! Minha amiga se recuperar bem e ser muito feliz (ela sofreu um baque esses dias, força querida!).
!!! Minha outra amiga perceber o que está fazendo com a própria vida e ter a humildade de mudar.
!!! Aquela outra amiga se recuperar logo e se cuidar melhor.
!!! Evoluir (aprender a lidar com meus sentimentos e problemas físicos, com os traumas e lembranças, com tudo que eu surto e desanimo, aprender as lições necessárias e ajudar os outros a evoluírem um pouquinho também).
!!! Passar a vida rindo das bobagens que me fazem rir.
!!! Melhorar a relação com minha família atual e que eles sejam muito felizes.
!!! Ter joelhos saudáveis
!!! Voltar pra Dança do Ventre e desenvolver o potencial que eu sei que tenho
!!! Voltar a Paris
!!! Voltar a Roma e dar tudo certo.
!!! Conhecer os lugares que aparecem nos meus sonhos
!!! Levar mamãe em Firenze
!!! Viajar muito (Brasil, Américas, Europa, Ásia, África, Oceania...)
!!! Ver a Aurora Boreal
!!! Estar sempre próxima dos meus amigos maravilhosos e que eles sejam muito felizes.
!!! Nunca deixar de ver magia da vida.
 

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Bella Bronze

Nota rápida: Acho mesmo que publicidade bem feita é quando atinge em cheio do público-alvo. Taí um bom exemplo. O instituto Bella Bronze não vai deixar na mão a piriguete que não dispensa as marquinhas de biquini asa delta nem na época da chuva, que já começou por aqui. Só não sei se essa piriguete vai ler jornal.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

VOTE EM MIM!

Senhor, dai-me paciência!
Não, essa não é mais uma reclamação sobre a campanha política. Nem mais um desabafo das angústias do trânsito nessa cidade. Esse é um texto que tenta traduzir a revolta de ver as duas coisas mais chatas do mundo juntas: trânsito caótico + campanha política.
(sei que existem coisas mais chatas, mas no momento quero considerar essas duas como as "mais mais", ok?)
 
A situação do trânsito de Goiânia é tão caótica que todo candidato que se preze promete uma solução mirabolante. Como todos falam, a cidade vai travar se nada for feito.
A campanha política por aqui até que anda calma, pelo menos não tem dado muito o que falar (ou eu que sou por fora mesmo). Mas a qualidade dos jingles, frases e propostas é tão baixa que basta ouvir um pouco pra já desejar sumir por um ano ou mais.
Some-se a isso os problemas pessoais, o calor digno de Teresina no b-r-o-bró, o preço da gasolina e a pressa do nosso dia-a-dia e é difícil um motorista não ser estressado. Mas, certamente, quem ainda não estressou perde as estribeiras nas principais vias da cidade quando elas são invadidas pelos "bandeirantes". Não, não são os desbravadores do interior do Brasil. São aqueles coitados no sol quente agitando uma bandeira de um candidato qualquer.
 
Alguém decide voltar em um candidato por ter visto alguém com a bandeira?! "Nossa, que bandeira legal, vou votar no Juvenal!"?! E caso as bandeiras sirvam de divulgação, mal dá pra ver o número do fulano com aquele monte de gente e os panos pra lá e pra cá.
 
Tem uma rótula (rotatória, queijinho...) por aqui que é especialmente complicada. A rótula do Cepal, no Setor Sul, dá acesso a um monte de ruas e avenidas super importantes e movimentadas. E, é claro, muita gente resolve ou precisa mesmo passar por lá às 18h.
 
Como é garantia de grande público, lá vão os candidatos e seus bandeirantes pedir voto aos engarrafados por lá. As bandeiras enormes bloqueiam a visão já restrita do caminho a seguir. Como se não bastasse o tumulto natural, lá vem alguém sorrindo oferecer um maravilhoso adesivo para o seu possante.
 
"_Você tá louco?!"
Perguntou Claudinha esses dias pra um conhecido canalha que fazia campanha para outro. Segundo minha amiga, ela nunca falou essa frase com tanto gosto. Me deu vontade de ir lá tentar encontrar o pulha para fazer o mesmo. Mas já me irrito o suficiente pelos caminhos que passo.
A cada nova bandeirada, comício, bloqueio de trânsito e aparição no horário eleitoral que gratuitamente invade nossa tv, minha certeza no voto nulo se torna mais sólida.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Chuva e Sol




Não é falta do que escrever. É que ando pensando em mandalas, não sei por que. Talvez uma lembrança de infância da mandala que eu adorava brincar ou um recadinho místico sobre a importância da meditação, energia, evolução e um tanto mais de coisas que vem com esse símbolo que parece ser mais antigo que a humanidade, já que aparece em todas as civilizações e em diversas formas da natureza. Uma rápida pesquisa de imagens já enche os olhos, e dá vontade de desenhar, imprimir, fotografar, divulgar, tatuar... Mas uma voz lá de dentro está me falando para ter cuidado, para não usar um símbolo tão poderoso sem um estudo responsável do significado e conseqüências.

Essa aí se chama "Rain and Sun", e no site que a encontrei (já perdi o endereço) fala sobre a beleza da chuva e do sol, das dores e alegrias. Só com a consciência do que é chuva podemos realmente apreciar o sol. E pensar sobre isso está sendo minha lição nº1.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

MEU PRIMEIRO MICO ASTROLÓGICO

Sem dormir, eu não sou ninguém. Tá, posso até ser alguém, mas esse alguém é sempre pior que a Agatha que dormiu uma quantidade razoável de horas. Mesmo sabendo disso, dispensei meu sono já atrasado por uma fábula.
Parecia mentira, mas saiu no jornal! E eu, pôxa vida, mesmo jornalista há anos, mesmo sabendo da qualidade duvidosa de um montão de veículos por aí, mesmo assim, ainda tive o pensamento automático de achar que o que está publicado no jornal é confiável. Que vergonha!!!
Pior ainda foi que a nota saiu na coluna de um cara chamado "Pampinha". Ei-la:

"Marque em sua agenda: hoje, à meia- noite e meia, ao olhar para o céu você terá a impressão de que a Terra tem duas luas. O Planeta Marte surgirá tão grande quanto a Lua Cheia e ficará apenas 34,65 milhões de milhas da Terra. O fenômeno só voltará a acontecer em 2287. Quem viver, verá!"
Geléia Geral, Diário da Manhã, 27 de agosto de 2008 (www.dm.com.br).

Ah, mas isso é um spam que circula na internet há anos! Ih, isso aí aconteceu em 2003! Lógico que é impossível Marte ficar do tamanho da lua! Que idiota acreditaria nisso?!
.
.
.
...
Pois é... eu!
Ainda espalhei pra todo mundo, incentivei as pessoas do trabalho, família e amigos a não perderem essa oportunidade. Por sorte, só minha família caiu nessa.
E à meia-noite e pouco, lá fomos nós em busca de Marte. Depois de confundir o planeta com umas quatro antenas de prédio e luminosos redondos, ainda conseguimos insistir que o lugar era ruim e percorremos alguns pontos da cidade com uma visibilidade melhor. Quando eu penso no tanto que estiquei o pescoço... Meu Deus, que vergonha, que vergoooonha.
Imagino que as pessoas que espalharam esse spam chegarão à glória se souberem que existe gente burra o suficiente pra ir pro meio da rua de madrugada procurar duas luas no céu. Espero mesmo que eles chorem de rir. Por que a culpa foi minha, sim sim sim. Como assim duas luas no céu?! Cadê a checagem básica dos fatos, sra. jornalista?! Cadê o bom senso?
Na volta pra casa, ainda encontramos um casal comentando no carro que não conseguiram ver nada também. Mas mico coletivo não me consola.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

dos Mimos

_Agatha, você anda pensando em ter um filho?
_Claro!
_Tá vendo, são os hormônios!
 
A Jordana que me alertou pra isso. Sempre adorei bebês e crianças, mas essa simpatia tem aumentado nos últimos tempos. Tanto é que venho me divertindo fazendo as crianças alheias sorrirem. Não precisa ser de amigos e conhecidos... Bastou encontrar um bebê no shopping pra não me importar com o mico e fazer caras e bocas até ganhar aquele sorriso como prêmio. Num desses domingos, tive a capacidade de achar mesmo que ganhei meu dia ao arrancar gargalhadas de um tímido bebê que relutou em sorrir. Só que isso me pareceu tão natural que só conversando com a Jordana percebi o grito do relógio biológico.  
 
Hoje, no caminho pro trabalho, pensei em várias coisas que queria escrever aqui. Política, sociedade, uma história engraçada... Daí recebo esse email bomba: animais e bebês. Tal correspondência eletrônica me chega justo neste momento de domínio hormonal e, somado à minha paixão por cachorros e gatos, derrubou qualquer pretensão de escrever algo cult ou politizado.
 
Cara leitora (e caro leitor, discretamente): esqueça que o mundo nos cobra uma maior consciência da sociedade e se permita exclamar com as imagens: Ai que fofoooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

* BIZARROS

  • Homem é condenado por simular sexo com uma bicicleta
  • Empresa lança filtro antipum para usar na cueca
  • Gêmeos de 8 anos inventam cueca à prova de puxão
  • Spa atrai clientes com massagem feita por cobras em Israel
  • Bebê de um ano é intimado por dar calote em 'massagista'

Definitivamente, a sessão "Planeta Bizarro" do portal G1 é a melhor página da internet. http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,6091,00.html

(ou eu sou mesmo muito à toa...)

 

* COTIDIANO

Ontem, meu carro estava estacionado em frente à academia onde faço fisioterapia na água (não gosto do nome hidroterapia). Na hora de sair, um outro carro fazia uma manobra complicada para entrar na garagem da academia e, vendo aquela confusão, um motoqueiro esperava sua vez pacientemente. O problema: a moto impedia a saída do meu carro.

Mas eu estava realmente zen e esperei na boa, na paz. Até que eu já tinha ligado o som, ajustado o cinto e os retrovisores e resolvi ligar o motor pra dar uma "dica" que eu queria sair.

Eis que o motoqueiro fala: _Oi! Já tá querendo sair?

Eu: _É né... já!

Motoqueiro: _Tá cedo uai...

Eu apenas sorri e saí com o carro.

O cara estava de preto, de óculos escuros e capacete. O que me deixou na dúvida: será que ele me conhecia? Será algum colega de fisioterapia? Ou só um motoqueiro abusadinho?

Até agora não sei se fui seca com um conhecido ou dei moral demais pra um motoqueiro sem noção.

domingo, 10 de agosto de 2008

Morreu a minha paixão
Causa incerta
Talvez foi fraqueza
Parecia forte e robusta nos primeiros passos
Mas as pernas eram de vidro

Talvez inanição
Com a abrupta interrupção da fonte f'ácil do cotidiano
O que vinha crescendo tropeçou e caiu no chão

Quem sabe foi choque
Quando os sonhos encontraram a realidade
A distância entre eles pareceu infinita
E nenhuma flor me convidava a percorrer o caminho

Minha paixão morreu e me deixou saudades
Não de quem eu queria
Mas da força de querer
Dos sonhos bonitos e das poesias que poderiam ter nascido

Se posso pedir algo
E se posso ser sincera
Queria mesmo esterelizar esse terreno fértil que chamo de coração
Que a última que morre não mais nasça

Eu sei que é bonito acreditar
Até recomendo... aos outros
Mas confesso que estou cansada
Tudo que não vivi só me deixou velha

O pior da morte dessa paixão não é o desperdício de algo puro e bonito
Não é a cegueira de uma parte
Nem a fantasia que se rasgou
É essa conclusão insistente que o bom senso me sopra nos ouvidos:
Foi bom morrer o que nem deveria ter nascido

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O Espelho de Ciça

"Espelho – Dois espelhos no quarto, um para se ver de frente e outro refletindo as costas, garantem uma visão privilegiada do look que vai às ruas."
Coluna SPOT, do Jornal O Popular 30/07/2008
 
"Entendo que, muitas vezes, os colunistas ficam sem inspiração e sem material de divulgação, mas a impressionate dica de Ciça Carvello hoje em seu Spot mostra uma falta absoluta de pesquisa ou de amigas para trocar uma idéia. Cara Ciça, que preguiça é essa de virar de costas e girar um pouco o pescoço? Se é pra ter uma visão privilegiada, então vou montar um closet com quatro espelhos: frente, trás, direita e esquerda. Assim, minha visão do "look que vai às ruas" vai ser de 360 graus. Uau!"
 
 
Tem dias que eu sou super chata :P
 
 

 

 


 

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Multicor

Estava aqui pensando em como responder de uma maneira divertida, sexy, provocatica, alegre, tranquila e bem-humarada. Mas daí lembrei que a maioria dos homem só lê mesmo o que está escrito. Talvez eu escreva em letras gigantes:
 SIM! 

terça-feira, 22 de julho de 2008

Goiânia, 22 de julho de 2008

 

Eu queria ter tirado uma foto do céu hoje para te mandar, mas na última hora acabei não colocando a câmera na bolsa. Você uma vez comentou que, no Brasil, não se via céu como se vê na Europa: de um azul límpido e uniforme, que fica lindo nas fotos. Mas só hoje reparei que nesses tempos que a secura assola o Cerrado, o céu é igualzinho ao cenário europeu.

 

Saudades daí. Saudades dos dias em que tudo era encantamento e novidade. Dos dias que eu me perdia e ficava feliz com as novas descobertas dos caminhos inusitados. Saudade de querer ir mais longe para ver mais, para viver mais. Por que por aqui eu só gosto dos atalhos? Em casa, perco o gosto por longas caminhadas. Caminhos conhecidos ficam menos interessantes. Sei que é injusto, mas é assim ou, pelo menos, tem sido assim.

 

Saudades de você. Do seu jeito direto de me mostrar que eu tô fazendo drama com coisas à toa e esquecendo os dramas reais. Você faz falta nos dias que eu só quero reclamar que a vida tá foda e pronto. Reclamar um pouco e rir muito de qualquer coisa absurda que aparecer. Saudade das guloseimas sem culpa que você me convida pra comer. De cantarolar Muse como se fosse a coisa mais normal do mundo. Dos refrões de músicas desconhecidas que você sempre prega na minha cabeça. Do narguile, seja lá como se pronuncia isso. Saudade, saudade e pronto. Você sempre faz falta por aqui.

 

Já peço desculpas antecipadas por tornar essa carta pública. Aproveitei a inspiração que o céu me deu para te escrever e para alimentar essa insistente mania de ter um blog. Usei essa fonte cursiva (e nem sei se a configuração vai se manter) pra dar ao email/post o clima de carta. É mais difícil de ler, mas é mais poético.

 

Agora tenho que justificar (um pouco) o meu (pouco) salário e trabalhar (mas só um pouco). A última comunidade que entrei no orkut foi "Poupo-me", e ela serve principalmente para o trabalho. Deixo para me gastar com intensidade nas viagens, encontros com amigos, músicas dançantes, shows enlouquecedores, camas elásticas, trilhas ecológicas, cachoeiras geladas e tantas outras coisas mais interessantes que o expediente obrigatório de quem bate ponto. Por hora, vou fazendo o necessário.

 

Beijos pra você!

Saudades mil

 

Agatha

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Narinha

Nunca a chamei pelo apelido. Não sei o que ela gostava de comer, o que a fazia rir, que frase mais falava. Mas a conhecia e, mesmo de longe, gostava dela. Nada mais clichê do que a morte. Nada mais natural que pensar em todos os clichês em um velório.
A que horas foi? Ela sofreu? Ela soube? O que importa agora? Ela morreu. Era muito querida, muito amada, uma profissional competente, uma mulher apaixonada, mas morreu. E eu quis falar pra família e para o namorado que sentia muito, que imagino que ela vá mesmo para um lugar melhor, que ela deve estar em paz agora, que vai ficar tudo bem, mas não falei nada. Pra que? Fui lá e senti muito, fiquei quietinha, foi o que consegui.
Pensei em tanta coisa pra escrever, mas saí do velório mais abalada do que imaginava. A efemeridade da vida, as coisas que nos matam e nos fazem viver, a correria do dia a dia, a valorização do trabalho em prol da vida afetiva, a mulher contemporânea... Tudo fica pra outro dia. Hoje eu só quero mesmo que a Nara descanse em paz.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O melhor item adicional do seu carro pode ser seu filho

Se tem algo capaz de tornar meu dia, qualquer dia, especial, é uma criança acenar pra mim no trânsito. Não precisa ser um tchauzinho com um sorriso. Pode ser uma careta. Uma gracinha. Um simples olhar curioso.
A criança que acena no carro me lembra da criança em mim. Das brincadeiras no carro do meu tio com minha prima Danielle. Das risadas que eu e meu irmão dávamos (e continuamos dando) ao ver as expressões estranhas, as poses de mau, as pichações obcenas. Meu pai competindo com o sinal vermelho, minha mãe me protegendo nos freios bruscos... É, eu tenho a sorte de poder ter boas lembranças em relação a carros. As batidas que sofri ou causei me deixaram apenas as lições de prudência e paciência.
Na correria do dia a dia, no trânsito caótico, os horários apertados, as obrigações e desejos que nos pesam ao volante, a criança que tem o interesse pela outra pessoa ali do outro carro confirma minhas verdades: corremos de mais e nos encontramos de menos, empatia é natural do ser humano e, se cada um saísse um pouco do seu mundinho (seja o carro, a casa, o clube de vips, a comunidade reliosa...) e olhasse pro outro como um igual, o mundo seria simplesmente mais bonito.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Ai como dói ser adulta!
Ficar arrasada por uma bobeira e ter que levar a vida adiante, não conseguir ligar o mundo da imaginação com o mundo real, não querer ir pro trabalho e não poder falar pra mãe que tá com febre, esquecer de pagar uma conta e encarar o carão sozinha, ver a ansiedade foder a vida e saber que não existe remédio milagroso, ter problemas que são realmente seus, ver que conseguiu realizar um monte de coisa, menos a principal.

Tem dias que a idéia de outro aniversário me dá pânico.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Lançamento de Salsichas

Cain cain é quando eu piso no rabo da Belinha ou a chuto sem querer. Belinha tem uma mania estranha e nada esperta de se postar deitada no meio do mini corredor escuro, passagem do meu quarto para qualquer lugar do mundo caso eu não saia voando pela janela.
Ontem, dei um ultra chute nela porque estava correndo pra não perder Pushing Daisies. Caso não fosse tão pesada, sairia voando, certeza. E o mais incrível é que, mesmo atordoada com a pancada, foi deitar ao meu lado como se nada tivesse acontecido, delicadamente apoiada na mesma perna que a chutou.
Nunca conseguirei entender as pessoas que não amam cachorros.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mais seis dias de junho

Se eu quebrasse a perna, tenho certeza de pelo menos dez pessoas que me dariam socorro sem pestanejar. Se eu realmente precisar de dinheiro, alguns se esforçariam e raspariam o cofrinho pra me ajudar. Se eu estiver à beira da morte, que Deus me livre por agora, sei que muita gente estaria no leito chorando e me pedindo pra não ir. O caso não é tanto drama. Nada grave aconteceu.


E mesmo nas pequenas coisas, eu tenho muita ajuda, sempre. Sou muito amada. Minha família me ama. Meus amigos. Até gente que não me conhece direito gosta de mim por motivos que nem sei. E não que eu deixe de ser feliz ou agradecida por tudo isso, mas tem dias que isso não basta.


Eu quero alguém pra mim.

Não precisa mudar de cidade por minha causa. Não precisa mudar de vida, revolucionar o mundo, pintar o cabelo, falar mais baixo. Só quero uma pessoa que se dedique um pouco a mim, que me dê atenção e um pouco de carinho. Só isso.


Porque eu to carente e essa maldita data comercial que se aproxima me faz pensar demais nisso. Faz eu me sentir mal sozinha. Talvez isso ataque 10 entre 10 solteiros do mundo, mas não quero ser compreensiva com os outros que sofrem do mesmo mal, hoje não.


De tudo que eu sempre desejei na vida, essa é realmente a única coisa que nunca tive. Por mais que já teve (e tem, ainda bem) gente querendo me comer, nunca tive ninguém pra mim.


E o mistério insondável do meu universo é: Por que?

Por que eu não tenho alguém comigo? O que faço de tão errado? Se eu sou até bonita, inteligente, limpinha, cheirosa, depilação em dia, inteligente, culta, bem humorada, condições psicológicas normais na loucura desse mundo, tenho um emprego fixo, danço bem, tenho bunda grande... Já sei, já sei, vão dizer que são qualidades demais para uma pessoa só. Os homens se assustam com uma mulher como eu (BU!). Bem, não é isso. Não sou a melhor nem a pior mulher do mundo.


Sei que os tempos estão difíceis, ta ruim pra todo mundo, a solidão no ser humano na sociedade contemporânea, o El Nino, a Globalização... E duas amigas (muito amigas, pessoas excepcionais) já concordaram: não há realmente uma explicação lógica para o que tem sido minha vida sentimental até o segundo passado (vai que a coisa muda agora!).


Andei mais calma e tranqüila esses meses (talvez tenha mais de um ano), me convencendo que tudo tem sua hora e não há nada de errado comigo. Mas toda vez que eu me interesso por alguém (e piro, pra variar) e a coisa parece não fluir em instantes (ta, eu sou ansiosa), me revolto com essa condição social/do momento/ do destino/ de merda.


Fico perguntando pros meus amigos se estou louca ou estou mesmo recendo sinais de que ele ta me querendo. Dessa vez, todo mundo concordou que sim, as atitudes dele são, no mínimo, suspeitas. Não vou citar por medo dele ler isso aqui por algum acaso da vida (e era disso que eu não estava falando no último post). Não quero que ele saiba que causa tamanha comoção (caso ele não tenha notado minhas mãos suando quando estou perto dele).

Droga, já estou falando sem parar nele de novo!


Enfim... nem gosto muito de falar nisso, mas hoje deu vontade. E como disse a Cacau, falar cura. Mas ainda não tenho mesmo a menor idéia do que fazer pra resgatar minha paciência e serenidade ou, melhor seria, mudar minha vida sentimental. Já fiz tantas apostas... mas agora só queria alguém que apostasse um pouco em mim.



terça-feira, 3 de junho de 2008

Por esses dias, o que ando pensando é impublicável.
Daí o silêncio aqui.

domingo, 25 de maio de 2008


De repente é assim: ao invés da vista feia das garagens eu vejo o mundo da minha janela. Morar no 2º andar nunca me impediu de ter ótimos momentos contemplativos. Por isso eu queria fumar, pra justificar o ato de ficar parada vendo o mundo seguir seu rumo. Mas levei em conta o amor aos meus pulmões e assumi a cara de boba. Tô só olhando, e daí?!

É como de faltasse ar no meu quarto e a janela me aliviasse a sensação. Não dá pra ver o sol se pondo, mas posso ver o céu mudando de cor. Posso ver os pássaros e suas coreografias. Posso alcançar com a vista lugares que tenho preguiça de ir a pé. Tudo tão simples. O mundo parece tão organizado assim... De todos os poderes dos super heróis, eu quero poder voar. Mas aí terei que ficar invisível pra não causar espanto e inveja. Talvez me concedam os dois poderes, eles devem ser pessoas bem legais.

Hoje, uma visão me trouxe de volta dos meus devaneios: uma moça em uma janela distante. Não consegui identificar mais detalhes que o tom claro de sua blusa, não sei se era menina ou mulher. Mas vi que ela tinha passado da cortina pra olhar a vista. E estava ali, olhando o tempo como eu. Ela ficou pouco, mas sua presença me foi imensamente valiosa. Entre tantas janelas, entre o céu que mudava, entre o vento a me fazer carinho no rosto, foi aquela menina que quebrou minha solidão. Não estou nem nunca estarei sozinha nesse mundo. Muito obrigada!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Lanche de sábado à tarde
Fernanda: _Essa sanduicheira já perdeu o... o....
Eu: _O Glamour?
Fernanda: (?!) - Não, Ágatha, a anti-aderência! Tá doida?!
 
Mais tarde, na balada
Eu - Bosta, essa liguinha estragou. Perdeu...
Fernanda: _O Glamour né?!
 
(só a Fernanda me entende)
 

domingo, 11 de maio de 2008

Confessionário


Em um dos dias mais clichês do ano, o tal do Dia das Mães, eu acabei sem dar o presente que pensei e ela desistiu do café da manhã que ofereci. Mas gostaria mesmo de dizer que um dos meus maiores desejos de vida é ser mãe, e espero ter a mesma capacidade de amor incondicional, dedicação, esforço e carinho que minha mãe tem. Tenho muito orgulho de ser filha de quem sou e, mais que isso, sorte de ter uma mãe exatamente assim.

Te amo demais!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

do Mirar

Por um instante fulgaz, achei que tivesse um arco-íris no céu, mas era só uma sujeira no vidro do carro. Aí pensei: "Cara, eu estou pronta para dar cursos de como ver a vida pelo lado positivo!".

terça-feira, 22 de abril de 2008



Escolhi tanta roupa bonita que nem usei. Outras, usei mais do que planejava. Tracei roteiros e fui por outros. Pensei em pessoas e encontrei outras. As horas se arrastaram e, é claro, correram no final. Perdi muito tempo e nem deu tempo de fazer o que pensei. Fiquei triste e alegre, pra depois concluir que estou feliz por ter ido. Essa é a história de uma viagem recente, mas pode ser de uma vida inteira. Porque altos e baixos, surpresas e decepções, erros e acertos só me parecem a descrição do que é a vida, com a ressalva de que sempre vai valer a pena.

sábado, 19 de abril de 2008


Acho que todo mundo, mesmo que nao confesse, tem um pouco de medo e desejo de se tornar como os pais. Eu, pelo menos, sempre tive. Os acertos viram modelos, mas alguns erros me fizeram temer: será que eu vou ser assim? Como se fosse algo obrigatório, uma metamorfose da qual eu náo poderia escapar por ser filha de quem sou.
Hoje, adulta e vacinada, posso me perdoar por náo ter herdado as super qualidades e posso me parabenizar por vencer o determinismo dos genes e náo, náo ser igual. Ufa!

terça-feira, 8 de abril de 2008


Tem dias que eu me sinto rasa, não tenho nada a dizer. Nem escrevo aqui. Não é falta de inspiração, é só... vazio, seco. E me preocupo um pouco, mas nem tanto. Sei que essa tal "expressão da alma" é algo inevitável pra quem tem. Uma hora ou outra vem. E no meu caso, vem como uma avalanche, como se fazer isso fosse a coisa mais importante do mundo. E é. Toda forma de expressão verdadeira que eu encontro é a maneira mais clara de me sentir viva, vibrante. Pode ser um belo texto, uma idéia, a nova disposição dos móveis, um conselho bem dado, um afago, o suheil na ponta do pé (ok, é um passo da dança do ventre).

E foi por isso que parei o carro em locais não apropriados hoje, sozinha e com uma máquina digital nas mãos. Não sei se era muito indicado. Mas eu não podia perder esse pôr do sol.

ps: recomendo clicar ali no link da legenda da foto.

quarta-feira, 2 de abril de 2008


Peço perdão aos outros, mas hoje o dia é meu. Nem aniversário nem mudança de vida. Um dia comum, como outro qualquer, que eu peguei pra ser meu. Hoje eu não vou me importar com a quantidade de água que eu preciso pra fazer aquela massagem esfoliante deliciosa. Não quero saber mais detalhes daquele caso sórdido de uma criança morta. Também não vou me preocupar se estou sendo injusta em bater o pé e me recusar a fazer isso ou aquilo. Hoje não, dá licença.

Declaro que hoje é o dia de amor a mim. Cuidado a mim. Mais que todos os outros. Dei sorte! O pessoal aqui de casa soube antes de mim que o dia é meu e me deixaram espaço. Música alta. Sapatos jogados. Incenso e perfume sem alergias.

Mesmo com a obrigação de passar um pouco do meu dia com os outros, não darei a mínima chance. O mau humor de um e outro é problema deles. O trânsito caótico, as cotações do mercado, a burocracia e atraso da sociedade podem me afetar, mas nunca me atingir. Porque passarei flutuando sobre o cotidiano cinza que o mundo insiste em instituir. Com minhas cores e flores, vou viver esse dia sem a obrigação de ser paciente com quem encontra motivo pra só reclamar e nunca fica admirado com aquela nuvem no céu.

E quem sabe, no fim do dia, eu esteja um pouco mais perto de descobrir como se faz para acordar todos os dias com essa facilidade em ser feliz.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Notas Rápidas

* Um caminhão saiu da pista e tombou. Os dois ocupantes, feridos, foram socorridos por uma ambulância do Samu. Poucos metros depois, a ambulância sai da pista e capota. Agora os feridos são três. Isso aconteceu aqui em Goiás e fiquei matutando sobre o caso. Imagine só, vc sofre um acidente e fica aliviado quando chega o socorro. Daí o socorro precisa de socorro? No máximo da expressão popular: Fala sério! Ninguém merece!

* Acho um absurdo álbuns e scraps do orkut bloqueados. Afinal, muito mais interessantes que os bobos que a Globo escolhe, o orkut serve pra gente dar uma "espiadinha" nos nossos amigos, amores e paqueras. Quem não quer ter sua vida "invadida", não faça orkut, ora mais!
Sempre gostei do orkut por ser um hall dos exibicionistas assumidos, aí vem essa onda de "respeito e privacidade"?! Não, não concordo!
Eu tenho orkut porque gosto de aparecer, sim senhor! Mentira de quem disser o contrário, todo mundo quer ser visto, ser lido, ser desejado, por que não? O orkut é um belo portfolio, um cartão de visitas que pode te abrir portas. Claro que sempre vão aparecer uns malas sem alça, mas é o preço que se paga pela fama.

* Juntem-se à minha corrente de orações para a Globo desistir de fazer Big Brothers e investir em séries fantásticas como "Queridos Amigos". Hoje estou caindo de sono, mas não posso perder um dos últimos capítulos da última semana!

terça-feira, 25 de março de 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

Do que alaga

Chuva de manhã = sono e preguiça de levantar da cama e ir trabalhar, estudar etc.
Não que tais fatores estejam ausentes se tiver aquele solão, mas, entre 100 pessoas, 99  concordam que a vontade de ficar quietinho sobre os lençóis aumenta nos dias de chuva (e a pessoa que discorda é só pelo prazer de ser do contra).
 
Tal fenômeno sob o comportamento humano não é apenas uma idéia cultural; vem da nossa memória ancestral. Os homens da caverna viviam mesmo uma vida dura, árdua, difícil e qualquer outro sinônimo. Mesmo sem enfrentar trânsito, impostos e o Faustão no domingo, a vida na Idade da Pedra não era bolinho. Para garantir a sobrevivência, eles precisavam caçar as feras mais temíveis e, ainda, fugir da morte quando eram caçados por feras ainda mais temíveis.
 
A rotina desses incansáveis trogloditas começava antes do raiar do sol, pois alguém já tinha rabiscado nas paredes da caverna que "Deus ajuda quem cedo madruga". Dia a dia, lá ia o homídio com seu tacape com a tarefa de levar comida pra casa. Os pesquisadores não sabem ao certo se foi nessa época que definiu-se que cabia à mulher cavernosa limpar caça, acender a fogueira e, quem sabe, temperar com aquele matinho gostoso que crescia ali por perto. Depois de ser conquistada com um tacape na cabeça, imagina-se que a mulher das cavernas não tinha muita inspiração pra ser rainha do lar.
 
Nesses tempos das cavernas, a chuva impossibilitava a caça, já que os animais, que nunca foram bobos, não saiam de suas tocas e ficavam bem escondidinhos. Os mais animados dos homens até sugeriam ir caçar os animais lá nos esconderijos, mas sempre tinha o mais sensato que lembrava da visão limitada no ser humano e o quão longe estava do veículo 4x4 ser inventado. Assim, o dia de chuva era, inevitavelmente, um dia de folga.
 
O pessoal aproveitava para tirar aquela soneca, colocar o papo pré-histórico em dia (acredita-se que o desenvolvimento da linguagem de acelerava nesses momentos), pintar paredes, inventar música, fabricar novas armas (naquele tempo era justificável) e uma série de outras atividades que fugiam da estressante rotina do dia-a-dia (se vc acha que ficar num computador o dia inteiro é difícil, experimente caçar um búfalo).
 
É por isso tudo que nós, homo sapiens conteporâneos, temos arraigada a crença de que o dia de chuva é dia para ficar em casa. Fique à vontade para usar os dados dessa importante pesquisa científica para justificar sua ausência para seu patrão, professor, pai, mãe e consciência. Para que eles te levem a sério, diga que leu na Veja e é uma tese de doutorado de Havard em parceria com Sorbonne. Caso funcione, por favor me avise; não é todo dia que consigo justificar minha preguiça com uma história tão mirabolante.
 
 

quinta-feira, 6 de março de 2008

Joguei papéis e promessas antigas fora.
Alívio!
A verdade é que afetos e memórias não se solidificam mais ou menos se aquela carta, o convite de formatura ou o bilhete engraçado ficam acumulando poeira e ácaros.
 
Pendurei no ar os pássaros que dobrei. Pra enfeitar, pro vento ter com quem dançar.
Poesia de papel colorido.
 
Abri pastas, rasguei contas antigas. Me perdoei por desistir de rascunhos dos artigos que nunca escreverei. As opiniões e revoltas mudam, graças a Deus!
Do material guardado, tirei o agradecimento por todos os processos de dor e alegria que passei. Enfrentei, recuei ou esqueci, agora nem importa. Mudei, cresci.
 
Na filosofia de lá de longe, o que fica guardado estagna a energia. E agora quero por tudo em movimento. Que eu dance, que eu corra, que eu caia e aprenda que joelho ralado que é bom.
 
Limpei a janela e vou pendurar os cristais daquela cidade bonita onde fui tão feliz. Um convite para entrar a luz, para os anjos e sonhos virem bater asas por aqui. Sejam bem-vindos!
 

segunda-feira, 3 de março de 2008

Só lá em casa...

_Mãe, tô com fome. Tem almoço aí em casa?
_Tem, filha. Comprei uma alface tão bonita!
(pausa para exclamação)
 
Esse diálogo não é um trecho de um livro infantil contando a História da Lagarta. Nem dos Coelhinhos ou Tartarugas. Aconteceu comigo, ser humano dito carnívoro e, no momento, faminto. Felizmente, cheguei em casa e tinha, além da alface bonita, arroz, feijão, carne e tomate. Ah bom! 
 
ps: mãe, não adianta reclamar da história. Oferecer alface como atração principal de um almoço merece um post no blog.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A explicação que Newton não deu

Viver em sociedade é uma enorme responsabilidade, mas há quem sabiamente nem pense nisso. Você não tem idéia do efeito que causa nas pessoas. Pode até achar que tem, mas não. O seu "olhar 43" pode ter funcionado nas horas que você precisou dele, mas não dá pra saber se aquele "alvo" foi conquistado com seu melhor olhar ou com aquela frase idiota que escapuliu na hora errada.

Aquele elogio que você fez pode ter deixado sua amiga neurótica tentando alcançar a perfeição e aquele fora monumental no chato feiosão deu o estímulo necessário pra ele querer provar seu valor. Hoje ele tá super feliz com uma pessoa muito mais legal e bonita que você.

Você nunca vai saber se fulano e fulana se apaixonaram naquele jantar romântico ou depois daquele tropeção no tapete de uma festa chique. Quem de nós não estranha, vez ou outra, um inesperado tratamento super simpático ou aquela grosseria vinda do além?
 
Te amam, te odeiam ou nem notam sua existência, e você nunca vai saber porquê. A roupa certa, o melhor vocabulário e uma dose extra de charme treinado na frente do espelho. Uma piada de mau gosto naquele boteco sujo. Uma crise histérica. Um sorriso. Uma música que tocou no rádio naquela hora de tédio. Um cheiro no pescoço. Aqueles segundo da sua atuação podem ficar pra sempre na memória de alguém ou serem esquecidos pra sempre, até mesmo por você.
A única certeza é que jamais haverá uma fórmula certa para ação e reação nas relações humanas. Mas esse mistério nunca vai deixar de me fascinar.