sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Melissinhas

Vivemos esperando um sinal, um aviso ou uma sensação forte de que estamos prontas para ter filhos. O meu sinal foi um email: Melissa lança Minimelissas. Sim, uma coleção infantil. Ok, universo, estou pronta para ter filhas. Pode mandar o pai e um pouco mais de dinheiro que eu aceito. Agora, se for pra ter um filho, menino homem, aí tenho que pensar mais um pouco. Mas manda o pai que a gente negocia, ok?

Obrigada

domingo, 22 de agosto de 2010

Pulos cegos em abismos

Tenho umas manias chatas. Uma delas é me apaixonar perdidamente antes de qualquer coisa real acontecer. Real digo física, beijar e afins. Muita gente fala que é meio loucura se apaixonar por alguém que eu nem beijei, talvez seja, não sei... Depois da última paixonite crônica, jurei pra mim que ia ser mais prática e nunca mais ia querer casar e ter filhos com alguém que só me dá oi. Anda funcionando (mais ou menos, mas anda).

Acho um tanto canalha pensar apenas em "pegar" um cara, mas foi necessário. Porque tenho tendências românticas. Gosto de escrever bilhete, sonhar acordada, suspirar de amores e imaginar como serão nossos filhos. Todo mundo gosta, não é? E não teria nada de errado se eu não fizesse isso sozinha, sem esperar pra saber se a outra pessoa está na mesma "vibe". E o resultado de entrar nessa loucura sozinha é sofrer um bocado, me decepcionar, perder tempo e jogar energia fora.

Esses dias identifiquei um momento que seria o começo de mais uma idealização. Foi um olhar com música que me emocionou até os ossos (não sei se seus ossos se emocionam, os meus sim). Até agora, confesso, estou meio bamba. Não sou lá tão forte, um segundo ataque desses seria fatal. Mas guardei esse primeiro como um momento bonito e não dei a ele a obrigação de se repetir e evoluir até onde eu gostaria. Me pareceu mais saudável.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Retrovisor

Por certo que há muitas maneiras de se ganhar o dia. Mas o que me aconteceu ontem é uma superação no quesito originalidade. Vamos aos fatos:
 
Local: Marginal Botafogo, Goiânia, Goiás (engarrafada).
Horário: 9h20 a.m (aproximadamente).
Personagens: Eu, um menino de rua e outros motoristas figurantes.
 
Um calor sufocante, o ventilador do carro não me aliviada em nada. Pela secura do ar, sei lá porque o ar-condiconado me dá uma sensação estranha. Então abri a janela do carro, incomoada com o trânsito parado que me atrasava ainda mais para o trabalho. Pouco depois, vejo que vem andando por ali um menino de rua. Minha primeira reação foi medo, quase fechei o vidro do carro. Mas ando me policiando, tentando ser melhor, mais caridosa, mais legal com quem não tem tanta sorte como eu. Então me preparei e esperei ele chegar pedindo moedas pra tia. Ia sim dar uns trocados que não me fariam falta, me convenci. Mas o moleque passou por mim com um sorriso maroto cantando: "Que bonita a sua roupaaaaa...".
 
Para quem não se lembra, é uma musiquinha do Chaves (amigo Chaves, Chaves...). Pra quem é amiga do Luiz Felipe, como eu, é imposível escutar essa música sem lembrar dele e rir. E o menino seguiu cantando, passando pelos carros e batucando na lataria de um ônibus. Depois sentou a sombra, não pedindo nada pra ninguém. Um motorista até buzinou estendendo a mão, mas ele nem ligou. O sinal abriu e eu passei por ele, sorrindo e fazendo sinal de legal, em agradecimento à alegria primeira do meu dia. Eu, que ia dar umas moedas, ganhei um presente bem mais valioso que alguns centavos. Obrigada, menino!
 
 
"Que bonita a sua roupa
Que roupinha mucho louca
Nela é tudo remendado
Não vale nenhum centavo
Mas agrada a quem olhar."

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ah, habib!

Estávamos em família (grande e confusa) comendo crepe em Pirenópolis. Aí minha prima Roberta comenta:
_ É assim mesmo, a gente senta numa mesa separada, mas a conta vai só para a mesa das mães. Daqui a alguns anos seremos nós, que vamos sentar na mesa dos mais velhos e nossos filhos vão mandar a conta pra gente.
_E ainda vou reclamar que os meninos sáo folgados!

Então ali eu vi, mais uma vez, a magnitude que minha família tem pra mim. Ter filhos, viajar para Pirenópolis e reclamar da conta me parece um plano de vida bom demais, desde que eu continue com os que adoro chamar de meus.

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Depois de morrer de rir de umas batatas photoshopadas na tv e ainda contar a história, um amigo de longa data e infinita estima comenta:
_A Agatha e o Pedro se divertem até com comercial de supermercadom é incrível.
Também acho.

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Depois de meses ensaiando pra levar uma saia à costureira, eu levantei mais cedo e costurei eu mesma o pequeno furo. Ser capaz de consertar uma roupa, mesmo que meio desajeitada, é uma das pequenas infinitas coisas que se somam nos dias bons e me fazem ter muito orgulho de mim mesma.


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Depois de meses ensaiando, dia 13 está chegando e não me aguento de nervosismo. Não sei se vai dar certo, vou tremer, vou suar, vou implorar pra me ajudarem, vou tentar ajudar quem precisar e, se Deus quiser, vou conseguir dançar direitinho e fazer o tal cambret que me assombra (e vou postar fotos magníficas dessa vez, prometo). Me desejem sorte sorte sorte sorte sorte, toda a sorte do mundo. Não sei se acredito nessa de "merda" ou "break a leg", prefiro um belo "boa sorte" mesmo.