sexta-feira, 16 de julho de 2010

Momento Pânico Total, A Casa Caiu, Corre Mermão, Run to the Hills

Esse Cotidiano nunca foi dado a histórias de terror, mas essa aconteceu de verdade, e não foi com a amiga da cunhada da vizinha da minha prima, não, não! Foi comigo. Se você tem nervos fracos, leia com cuidado.

Foi assim:
Em um surto de responsabilidade, fui renovar minha carteira de motorista (oito meses depois de vencida, mas isso não vem ao caso). Por sorte, um dos postos de atendimento no Detran fica num shopping bacana da cidade. Beleza, lá vou eu pagar por estacionamento sem reclamar, coisa muito rara. Deixei meu carro bonitinho lá na garagem e fui resolver minha vida. Passadas 3 ou 4 horas, volto para o carro. Mas quem disse que consigo entrar no possante?
Não, queridos, não estava batido, arranhado, ninguém fechou minha vaga. Tinha uma barata lá. Dentro. Sim, dentro do meu carro, passeando pelo vidro do lado da motorista.
Se eu fosse milionária, ou só rica mesmo, teria deixado ele lá e comprado outro. Mas não, eu ainda precisava do carro e tinha que enfrentar o problema. O medo de paralisava, o suor descia pelo meu rosto. Olhei para os lados e ninguém pra me ajudar num momento tão difícil.
Uma coragem mágica se abateu sobre mim e consegui abrir a porta, convidando a intrusa (ou seria residente???) a se retirar pacificamente. Fiquei uma meia hora rondando o carro, sem conseguir me aproximar. Uma dondoca gentil que passava até se compadeceu e perguntou eu tinha batido, eu falei que não, que tinha uma barata ali. Ela, é claro, fez cara de pânico e correu pra longe.
Depois de um tempo, a barata estava na lateral da porta, pensei em ser cruel e fechar com força a porta, mas no pânico de qualquer movimento fazer ela se aproximar de mim só consegui fechar a porta e, por Deus, o bicho caiu no chão.

Mas aí veio a paranóia. Tem outras lá dentro? Elas moram no meu carro? Tem um ninho lá dentro??? É, por pouco eu não chamei a polícia. Era uma invasão, podia ser uma máfia, o que podiam estar tramando contra mim? Admito que sou relapsa com a higiene do carro, que deixo papel, bolacha, roupas suadas, sapatos e etc jogados lá. Tá bom, eu sei, eu mereci. Mas ainda precisava voltar pra casa naquele carro. Depois de um tempo esperando a líder do movimento aparecer e fazer exigências pra devolver meu carro, nada aconteceu. Entrei no carro, fui pra casa e, graças a Deus, nada saiu da obscuridade pra me assustar. No outro ia, levei o carro pro lavajato imaginando o pior. Mas, aparentemente, aquela do shopping era uma barata solitária, que aproveitou minha carona pra invadir um espaço da elite e tirar onda de inseto burguês.

Em agradecimento por ter sobrevivido sem maiores traumas, prometi a mim mesma que lavaria o carro sempre. Não toda semana, porque é caro, viu? Mas juro que, todo mês eu faço esse investimento pela minha segurança sanitária e metal.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Drops

Atualizando rapidinho porque tô com sono.

* Pessoa anônima, nem sei se é menino ou menina, homem ou mulher e/ou etc e afins pra agradecer sua visita tão atenciosa. Li e reli seu comentário, prestei bastante atenção. Sobre "Dos Ares", doeria mesmo cortar, e mesmo pq ele é um dos únicos textos com grande sucesso de público e crítica por aqui ;)

* Meu aniversário foi ótimo. Ganhei presentes e um monte de beijos, abraços, palavras, pensamentos e afagos de todos os tipos (nem todos, mas vá lá). Muito obrigada a quem me viu, me ligou, escreveu ou só pensou em mim com carinho, mesmo de longe.

* Cambret, meu povo. Preciso aprender a fazer um cambret. É um movimento de dança (de várias danças, não só da árabe) onde vc dobra a coluna pra trás e vai com a cabeça pra baixo, braços quase lá no chão. Não precisa entender. É só, por favor, mandar energias positivas do cambret pra mim. Prometo postar uma foto assim que conseguir. Obrigada!


domingo, 4 de julho de 2010

Blablablá

Eu não sou coerente, não sou esperta. Já perdi as contas de quantas vezes cometi o mesmo erro e é muito provável que cometa de novo daqui a pouco. Porque meu cérebro parece dividido em setores independentes e a inteligência não circula livremente, fica presa nos setores inúteis enquanto outros parecem afundar na lama da burrice. E eu não estou de tpm, só pra esclarecer.
Sou otimista só enquanto vai tudo bem, aí começa a dar errado e eu desanimo, desespero, igual nossa seleção no segundo tempo com a Holanda (se bem que eles brigaram para dar certo muito mais que eu). Antes eu era uma boa amiga, agora tenho tanta preguiça das minhas proprias confusões que fico sem graça de não ter nada de novo pra contar, não ter glórias pra compartilhar, tenho vergonha do que ando fazendo com minha própria vida (que pode até se resumir a nada).
Eu tenho um suposto talento nas mãos e não tenho idéia do que fazer com ele, já que meus planos fracassaram e eu deixei vários bloqueios pequenos virarem Muros de Berlim, dividindo a alegria de tentar da atitude derrotada dos que acham que nada vai adiantar.
Eu pensei que pudesse, mas não consegui até agora abrir mão dos meus vícios, que tanto me prejudicam e confortam. É como se me cortasse pra passar o tempo, pra não ver tão de perto o que sai pelos olhos e não pelos poros.
E confesso que estou apavorada de fazer outro aniversário, como esse julho chegou tão rápido? E estou celebrando o que? Todas as chances que perdi? Tudo que sonhei e tão fácil desisti de conquistar? Sim, posso agradecer por várias e várias bençãos que recebi, pelo menos ingrata e não sou. Mas me falta aquela sensação que esse número da minha idade é só o tempo que levei pra chegar até aqui, o lugar onde estou, que não deveria ser tão distante de onde deve ser o meu lugar.