quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Por que o leão é considerado o rei dos animais?

Procurei no Google e não encontrei uma resposta satisfatória, mas acredito que o Leão mereça esse título porque: 1 - O Leão macho não caça nem cuida dos filhotes: sua maior função é defender o território; 2 - Apesar de serem capazes de caçar muito bem, raramente vão a luta porque a juba superaquece seus corpos, o deixando exaustos em pouco tempo (ufa, mona!); 3 - Em um grupo que pode chegar a até 40 membros, a maioria é de fêmeas subservientes a um único macho; 4 - a maior parte das vezes que vemos um leão macho ele encontra-se relaxado, se não estiver a dormir. (fonte: Wikipedia)
 
Tudo isso me parece bastante com a vida real dos monarcas que conheci nos livros de História e nas páginas de Caras.
 
(assunto bobo né? Essa dúvida me passou pela cabeça ontem a noite... Ando sem tempo/oportunidade pra escrever porque estou sem meu quarto e, consequentemente, sem meu computador.)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Lá de lá

Hoje o dia teve um sentido absurdo de irrealidade. De repente, é como se meu passado nunca tivesse acontecido. E não pude lembrar o cheiro ou gosto das pessoas que beijei. Não lembrei o timbre exato da voz da minha melhor amiga de tempos e tempos atrás. Eram imagens em preto e branco que alguém me deu, mas não fui eu que colecionei. E assim meu amor aos que estão distantes se tornou maior, do tamanho do universo. Eu sou o mundo. Eu sou o amor.


Minha irmã mais nova, querida Faena, tornou-se uma arquiteta. Meu primo tá se formando em Fortaleza. Minha prima vai casar. Outros dias ficaria triste por estar tão longe, mas hoje tenho certeza que sobreviveremos a distância e nossas vidas não se perderão umas das outras. Temos o orkut, temos as fofocas de família, temos as voltas que o mundo há de dar. O tempo certo vem.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Ele simplesmente não está a fim de você


"Doeu? É para doer mesmo. Foi forte demais? A intenção era essa."

Nunca li esse livro. Não sei se é bom, não tenho a intenção de comprá-lo. Mas sua capa me ensinou muito (vejam que desastre de marketing, o consumidor aprende ao ler a capa e não compra o produto!). Toda vez que me interesso por um carinha, fico armando mil estratégias pra encontrá-lo, traduzo os sinais (dos mínimos aos óbvios) como provas do interesse dele, me encho de esperança e... bem, na maioria das vezes, nada acontece. O "Sr. Fulano Bola da Vez" simplesmente não faz nada, ou continua fazendo pequenas gracinhas, sem o tal passo "a mais".

Para as moralistas de plantão que me conhecem, afirmo que o "Sr. Fulano Bola da Vez" não é aquele que faz-gracinhas-mas-tem-namorada. E também não vou dizer quem é porque não há nada pra dizer. Hoje, a frase título desse post caiu como uma luva para responder a falta de notícias dele. E, é claro, como percebi isso, eu o odeio.

Ok, odiar é forte demais. Eu não o odeio e nem me odeio por ter me interessado por ele. Mas o desperdício de energia, tempo e pensamentos é algo a se lamentar. Se eu pudesse pedir algo ao cosmos, pediria pra só me interessar por sujeitos que valessem a pena. Tá... sei que é demais. Mas queria mesmo não me interessar pelo primeiro que me trata bem e me dá um quê de atenção especial. Eu, que sou uma mulher razoavelmente inteligente, não entendo como posso sempre entender tudo errado. Então aquele abraço não significou nada? Aquelas perguntas sobre um assunto que só eu gosto, aquele sorriso ao me ver, aquele aperto brincalhão, as especulações sobre o que se passa no meu coração... Tudo era nada? Não consigo entender.

Será que interesse mútuo é algo raro demais pra acontecer comigo? Quais sinais realmente indicam que ele "tá querendo"? Como separar uma brincadeira inocente de um comentário com segundas intenções? Juro que trocaria algumas de minhas habilidades (são muitas) para entender um pouquinho mais desse assunto. Estar sempre perdida nessa área é realmente cansativo e o pior: nada produtivo.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Por esses dias...

Humpf. Hoje vou ter que ficar o horário todo no trabalho. É engraçado como uma coisa tão normal há poucos dias já parece martírio. Há quase um ano, eu trabalho por aqui de 8h às 17h. Mas há pouco passei a trabalhar só até as 14h. Hoje tenho que substituir uma amiga e o fim do expediente nunca me pareceu tão longe. Mais café, por favor.
 
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Essa semana foi muito especial pra mim. Terça e quarta, mostrei o resultado de quase um ano de dança do ventre no palco do Teatro Goiânia. Estive tão envolvida com isso que agora estou com saudades. Estava cansada, mas fiquei muito feliz. Meus amigos queridos foram me aplaudir e meu irmão ficou todo orgulhoso. Como eu mesma comentei ao ver o vídeo: Eu danço demais, uhu!
 
Além de cumprir direitinho uma tarefa que me propus: aprender e apresentar uma coreografia, foi interessante fazer parte da preparação do espetáculo. Ver um micro cosmos todo voltado à dança é algo bonito de se ver. Participar, então, é quase uma honra, se eu não lembrasse o tempo todo o quanto cada aluno paga para ter o título de dançarino. Ano que vem pretendo fazer tudo de novo.
 
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Ontem quis ser Chuck Norris. Fui estacionar o carro na garagem e um reluzente Classe A preto (placa JGN-6629 Brasília) impedia minha passagem. Depois de um tumulto para estacionar em outro local, fiquei de plantão ao lado do invasor e resolvi escrever um bilhetinho desaforado. Mas, mal acabo de pegar caneta e papel, chega o belo condutor e me olha torto. Segue-se a cena:
Eu: _Esse carro é seu?
Belo condutor: _É.
Eu, apontando para a garagem bloqueada: _Olha, fiquei sem entrar aqui por sua causa.
Belo condutor com óculos escuros: _Ah, isso aqui é uma entrada? 
Eu (mão na cintura e braço estendido, de revolta): _É uma garagem, não deu pra perceber???
Belo condutor abre a porta do carro, senta, põe o oculos no alto da bela cabeça e exclama: _Ai ai ai... (traduzindo: ai ai ai... tenho que aguentar essa plebéia irritante questionando meu nobre direito de estacionar onde bem entendo!).
O Belo foi fechando a porta e eu: _Olha, eu te desculpo, apesar de você não ter pedido.
E a beleza foi embora, sem dizer nada, sem ao menos me falar um nome feio. Como se pudesse mesmo ignorar minha existência.
Ah se eu fosse Chuck Norris...

domingo, 28 de outubro de 2007

O shampoo que eu sempre uso acabou. Faltou tempo, disposição e, confesso, dinheiro pra ir ali comprar outro (ele não é caro, mas...). O fato é que lavei o cabelo com outro shampoo e meu cabelo ficou uma bosta. O fato corriqueiro é fácil de corrigir, basta ir comprar o de sempre e pronto, posso voltar a ser feliz (parcialmente, pq é difícil uma mulher realmente feliz com seu cabelo). Mas o que me incomoda é que meu cabelo, do jeito que eu conheço e gosto, não é meu! Ele é daquele shampoo e creme, que agem em conjunto e dão o aspecto que eu gosto aos meu conjunto de fios. E só eles, até agora, conseguem fazer isso sozinhos, sem o auxílio de secador, creme de pentear, chapinha e mil outros recursos. Não é revoltante que uma única marca de shampoo detenha o poder exclusivo sobre mim? O outro shampoo que tenho é superior ao outro em marca, qualidade e preço, mas simplesmente não serve! O cabelo que eu gosto não é meu, é daqueles dois imperadores! Dependo da presença deles para não me preocupar demais e deixar pra semana que vem aquele banho de creme ou qualquer outro tratamento salvador. Isso é anti a liberdade de escolha! Protesto! Mas vou já ali comprar o conjunto que se apoderou da minha identidade capilar. Afinal, antes presa a uma coisa boa que ter a liberdade de escolher os efeitos ruins.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Acordo

Ela se olhou no espelho do elevador e retocou o batom. Precisava parecer um pouco mais alegre, precisava tornar a máscara da mulher bem resolvida convincente. "Sem ressentimentos, Marco Aurélio, sem ressentimentos. Claro, podemos ser amigos", repetia mentalmente a frase para ver se poderia se tornar um pouco mais verdade.

Mas era impossível não ver que Nara estava triste. Subir de novo naquele elevador era doído demais, e não fazia idéia de como seria ir até o sétimo andar, parar em frente ao 704 sem chave e tocar a campainha. Lembrou-se do dia em que ele lhe deu a cópia da chave, lembrava de ter entrado ali nos braços dele, das sacolas semanais de supermercado, da reforma interminável, dos jantares românticos, lembrava de tudo.

Parou à porta e pensou em descer correndo as escadas, mas respirou fundo e tocou a campainha. Nada. Tocou a segunda vez desejando ardentemente que nada continuasse, mas ele veio correndo e abriu a porta de toalhas. Ficou surpreso ao vê-la. "Você?", a expressão de total desentendimento era pior que uma surpresa desagradável.

_Você esqueceu?

_Ah, desculpe Nara, a gente tinha marcado?

Aquilo doeu mais que a separação. Marcaram há uma semana o encontro para assinar os últimos papéis que diziam deles marido e mulher. Ela passou a semana se preparando para isso, duas sessões de terapia, conversas de apoio com os amigos, artigos de revista e até um programa de tv que achou encorajador. E ele esqueceu.

Falando muito baixo para não demonstrar a confiança desmoronando, ela disse muito baixo: _Os papéis.
Ele bateu na testa e pediu mil desculpas: Entre, entre.

Sentou como visita naquele sofá que ela comprara enquanto ele se apressou para vestir uma roupa. Devia estar entrando no chuveiro quando ela chegou, pois estava suado e com o cabelo em rebeldia.

Voltou pouco depois com uma bermuda e camisa amassada. Sempre tão desorganizado, como estaria se virando sozinho? Olhou ao redor e viu que a sala estava impecavelmente arrumada. Tinha um cheiro bom. Seus objetos estavam nos mesmos lugares. A decoração era exatamente a mesma e Nara imaginou que ele sempre gostou mesmo daquilo tudo e por que desmancharia uma sala tão bonita? Devia servir para encantar as mulheres que ele levava para lá. Seu apartamento virou um matadouro. Vacas, piranhas, cachorras... as imaginava entrando ali e aceitando um drinque. Ele falava qualquer coisa que ela não estava ouvindo, separando os papéis de uma pilha... a rescisão de contrato com o banco, a transferência do carro que ficara para ela, o acordo sobre o apartamento, algumas correspondências sem importância, um financiamento de uma chácara que ela agora iria assumir... enfim, o fim.


Ele juntou a pilha e colocou na mesinha na frente dela. Saiu para buscar uma caneta, ainda tão desconcertado com a presença dela ali que não achava nada com facilidade. Ela perguntou, tentando ser casual:

_Não está trabalhando hoje?

Ele ficou ainda mais perdido. _Me atrasei agora à tarde, daqui a pouco vou lá.

Ela nem se perguntou o motivo do atraso dele, estava mais ocupada em sofrer no momento. 
Quando finalmente tinha a caneta e Nara se preparava para assinar os papéis, ouve uma voz lá de dentro: _Amor, viu meu celular?

E uma jovem estonteante entra pela sala seminua e ainda suada. Pior que o choque de ver o motivo de um atraso para o trabalho foi ver a intimidade que ela tinha na casa. Procurava nas gavetas e por cima da mesa, quando entrou na sala, viu Nara e fez aquela cara de "Ué?". Marco Aurélio perdeu a cor. A moçoila pediu perdão, que não sabia que ele tinha visitas, que voltaria ao quarto, com licença, até logo, tchau.

Nara estava estática. Teve medo de começar a chorar, mas não precisou se controlar. Era um baque surdo que atingia seu estômago e a deixou paralisada. Levantou devagar e andou pelo ambiente. Não tinha notado os porta-retratos com o novo casal. Foi à cozinha e a comida era toda light diet naturella. Dela. Um batom jogado, uma bolsa ao acaso. Ela morava ali.

 _Me desculpe, Nara, eu não queria que você tivesse visto isso. Não queria magoar você, poderia ter sido mais sutil.

Ela escorregou numa cadeira e falou: Tudo bem.

Ele se apressou: _Toma uma água, vai te acalmar, me desculpe.

Deu a ela o copo gelado e correu ao quarto, não para brigar pela inconveniência, mas para falar desculpa amorzinho, pensei que fosse ser mais rápido, te deixei esperando, beijinho, beijinho, já volto, te amodoro princesinha.

 Encontrou Nara de pé no meio da sala de estar. Tinha uma faca na mão.

_Calma, Nara! O que é isso! Você não vai fazer nenhuma loucura, não é?

Ela indicou com a faca uma poltrona: Senta aí.

Trêmulo, ele obedeceu.

Ela pegou um objeto na estante. Caro, refinado, de bom gosto.

_Eu comprei isso aqui.

E pá, no chão. Ele tremeu e falou: Narinha, o que é isso?

_Narinha é sua avó e você vai ficar calado.

Pegou outro objeto e de novo pá. Pá pá pá pá pá. A estante inteira.

Ele quis correr, mas teve medo.

_Você deu uma desculpa esfarrapada de crise existencial pra acabar um casamento de oito anos e tem uma vagabunda da minha casa? Desfrutando da decoração que eu fiz? Do conforto do meu lar?

E destruiu a sala numa velocidade assustadora, quase ninja. Marco Aurélio correu pra acalmar seu benzinho assustado e pensaram em ligar para a polícia, mas ela tinha cortado o fio do telefone. O porteiro, mas o fio do interfone também.

O celular dele estava mais perto de Nara, era muito arriscado. O dela ela não achou.

Nara encarou  o casal e mandou: Sentem aqui e fiquem quietos. Suas vidas não correm perigo.

Em pânico, obedeceram.

Correu o resto do apartamento e quebrou tudo o que pode lembrar que ela mesma comprou, os pratos que lavou durante anos, a panela de fazer a farofinha do maridinho virou aço inox pela janela! Quebrou tudo que ela tinha posto ali para decorar e ser útil ao lar feliz que achava ter construído.

Deixou o resto porque estava mesmo velho, e ela não queria mais os lençóis que dormiram abraçadinhos e não queria mais nada além do dinheiro dele. Uma viagem, uma lipo, um amante. Ele ia pagar tudo, jurou.

Voltou à sala ele estava explicando para o 190 o que estava acontecendo. Ela pegou o celular dele e jogou pela janela. Ainda viu de relance que a foto na tela era dos dois juntinhos.

_Escute aqui, imbecil: eu não assino papel nenhum e você agora fala com meu advogado. Prepare o bolso. Quero até o último centavo.

 Saiu batendo a porta e teve uma crise de riso no elevador. Foda-se a terapia, foda-se o consolo dos bons amigos. Ela agora era vingança, ganância e sede de viver. Isso merecia um Bloody Mary. Libertador.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Reflexão

De repente ela está ali
Parada
Me olhando
Essa mulher não é de todo mal
Só me parece um tanto infeliz ou cansada, nem sei
Não tenho nada contra ela
É só que ela deveria se parecer um pouco mais comigo
Mas nem a conheço
De modo algum a imagem que vejo é proxima a que sempre imagino
E ela, parada, me olha de volta
Parece alheia ao que sinto
Não lhe causa estranheza me olhar daqui? pergunto
Ela se entristece
Não sendo eu, não pode ser ela
Porque ela sou eu no espelho
Mas eu não sou ela
 
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Segunda-feira

* Meu despertador estava programado para 6h45
 
* Passei 15 min na "soneca".
 
* Nos últimos 5 minutos da soneca, meu cérebro e corpo, cansados e precisando de umas horinhas a mais de sono, me fizeram sonhar que eu já tinha perdido a hora e não adiantava mais me apressar.
 
* Convencida pelo sonho, desliguei o despertador.
 
* Acordo meia hora depois achando que já eram umas 08h30. Mas o relógio marcava 7h26. Deve ter sido uma parte responsável do meu cérebro. Tive que me arrumar em 5 minutos para não perder o ponto.
 
* Agora estou aqui, no meio da manhã, cansada, sem produtividade alguma, com cara de sono e mal humorada. Mas o ponto, parâmetro absoluto do bom trabalhador, foi "batido" às 8h06 da manhã.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Tédio na Hora do Almoço

Primavera

8h05 da manhã, uma gordinha entra na cantina com cara de desanimada e suspira. A "tia do lanche" pergunta:
_Uai Fulana, o que foi com você?
A gordinha responde: _Ah, fiz 30 anos né? Vou fazer o que?
E outro suspiro.
 
Eu, que estava no cantinho aproveitando meu café com pão, respondi em pensamento:
 
_Uai filha, vai continuar vivendo, né? Ou se mata, porque aí vão dizer que você morreu jovem!
 
É cada uma que eu escuto, vou te contar...
 

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Resumo

É minha cara. Tem dias que eu concordo com você: Tá foda! Ou, como dizem os espertinhos de plantão, se fosse foda pelo menos era bom!
Seu emprego é um saco, mas nem é esse emprego. Você já cresceu o suficiente pra aprender que saco mesmo e ter que trabalhar. Mas pior ainda é ficar desempregada. "Deuzulivre"! Você ganha uma merreca, sabe que a merreca é alta em relação ao salário da maioria dos brasileiros e vê os afortunados com Q.I.s e costas-quentes dançando felizes, dando cambalhotas, fazendo estripulias e palhaçadas na sua cara. Deve ser pra rir, você que não entendeu.
Pra sair dessa merda, você tem que ser otimista, obstinada, ter força de vontade, muita garra e fibra. Acredite em você! E estude, rache a cara de estudar. Não importa o quanto você está cansada ou sem a menor paciência pra decorar um código que ninguém segue. Só que você precisa disso pra ser mais feliz, você acha, ou pelo menos aposta que isso te deixaria mais rica e, consequentemente, mais feliz. Você já gastou dinheiro, pagou a primeira parcela (e tá fazendo falta esse valor), mas ainda tem outra parcela mês que vem. Respire...
E quando chega o fim de semana, você não tem ninguém esperando pra ficar o dia todo com você ou pra, finalmente, passar mais de quinze minutos na sua companhia. Você ficou animada com um convite, mas era brincadeira daquele cara que você sempre foi afim. Engraçado ele né? Tão espirituoso...
E pra completar tudo você se lembra que não tem tempo de malhar e não tem ânimo pra fazer um regime. Você não tem força de vontade. Você é fraca e tem fixação na fase oral (seu futuro começou a ser arruinado na tenra infância, sinto muito).
Resumindo, você deve lembrar na sorte que tem por estar viva e com saúde. Você mora em um país sem terremotos, tsunamis ou vulcões. O que é um deslize aqui, outro ali, dos seus governantes, aqueles caras que distribuem de forma esquisita os (muitos) impostos que você paga. A população fica na miséria e você pode ser assaltada, estuprada e morta porque é burra e não tomou cuidado.
E você nem tá pedindo arrego... Só quer que não te encham muito o saco hoje (pq você pode estar menos realista amanhã). Na verdade, você queria uma mãozinha do mundo, do destino, dos céus, dos outros, seja de onde for, pois você realmente acha que se esforça bastante e não merece as coisas desse jeito. Mas você não pode admitir isso, afinal, seria covardia e comodismo não admitir que tudo isso é apenas um resultados das suas ações e, é sim, tudo culpa sua.
Infelizmente, cara amiga, não nada de animador pra te falar e nem tenho bons conselhos (até mesmo porque sei se você está cheia deles). Só queria falar, se é que isso ajuda, que eu te entendo. Mesmo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O que me faz falta não é o teu corpo ou voz. É a presença do sublime. Na vida, as pessoas profundas precisam de conexões, ainda que raras, com algo de superior e mágico, e todo mundo sabe que você tem a sua chave. Te vi de longe semana passada e quis ir te cumprimentar mas não, deixa pra lá. Sabia que num breve "oi" eu não te daria o tempo incerto de deixar escapar ao menos uma minúscula porção daquela mágica que é rara, e, talvez por isso, seja tão capaz de me alimentar por completo.
Por esses dias rasos, me consolo com meus suspiros e com a certeza de que ainda seremos intensos juntos, não sei como, nem onde, mas sei.
Cotidiano das Cidades... peguei isso de um filme, e não vou saber citar o nome do diretor para dar créditos certos, mas recomendo o filme (que nem sei se foi distribuído, minha amiga pode já ter perdido a fita que ganhou).
Percebi esses dias que nunca vou me acostumar com o cotidiano de fazer a mesma coisa todos os dias. Vou aguentando aqui e ali, pois preciso, mas é certo que a regularidade me incomoda. Hoje estava planejando alterar uma rua do meu trajeto pra me livrar de um pequeno congestionamento (pq dos grandes eu já desviei). Calculava se valeria a pena alongar ainda mais o caminho e, de repente, percebi que qualquer rua que eu seguir vai fazer parte do mesmo caminho para o mesmo lugar. Não é tempo que eu quero economizar. É tédio.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Sobre a escopeta


Ontem fui contar pro Fafá sobre minha sonhada escopeta (post anterior) e ele falou que eu não ia conseguir manuseá-la. Eu disse que treinava, mas ele respondeu que os puliças do Rio treinam e, mesmo assim, não conseguem. Acho que a força do tiro deve me jogar pra trás, se é que eu consigo disparar o tal tiro. Acho que vou ter que trocar de arma (ou estratégia) em busca da paz no trânsito...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Paz no Trânsito

"Só Buda seria capaz de dirigir nesse trânsito sem se estressar!"
Irritada com várias barbeiragens dos outros e um engarrafamento enorme no caminho de casa para o trabalho, cheguei à conclusão acima. Sim, eu sei que a cidade cresce desordenadamente, que nunca se vendeu tanto carro zero como atualmente, que o transporte público é uma merda, que as regras do trânsito são complicados, que somos muitos e as vias de acesso são poucas etc etc etc, mas... puta que pariu! Tudo seria menos caótico com o mínimo de bom senso e/ou habilidade de dirigir. Até hoje me pergunto se as pessoas dirigem mal por desleixo, falta de conhecimento ou pura sacanagem. Em muitos casos, tenho certeza, é sacanagem.

Quando eu tiver mais dinheiro, não pretendo trocar de carro imediatamente. Vou comprar uma escopeta para a paz. Um cara me fecha?! Estouro o pneu de trás. Um louco andando a 200 km/h perto de escolas? Os dois pneus. Playboy na Landhover (como se escreve essa p.?) que passa com som estourado disparando os alarmes dos carros estacionados? Quatro pneus, aí espero ele descer do carro e estouro o carro todo (pois é, sem mais mortes no trânsito, por favor!). Além de fazer um favor para a cidade, tenho certeza que estarei bem mais perto de atingir a tão sonhada paz interior.

terça-feira, 26 de junho de 2007

As Cidades

Esse blog surge na contramão: pouca gente ainda mantém um blog e quase ninguém se aventura a criar e manter um novo. Outra; reclamar, opinar, sugerir, pensar sobre o que nos cerca dá trabalho e parece coisa de gente a toa. Mas eu insisto.