segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Segunda-feira

* Meu despertador estava programado para 6h45
 
* Passei 15 min na "soneca".
 
* Nos últimos 5 minutos da soneca, meu cérebro e corpo, cansados e precisando de umas horinhas a mais de sono, me fizeram sonhar que eu já tinha perdido a hora e não adiantava mais me apressar.
 
* Convencida pelo sonho, desliguei o despertador.
 
* Acordo meia hora depois achando que já eram umas 08h30. Mas o relógio marcava 7h26. Deve ter sido uma parte responsável do meu cérebro. Tive que me arrumar em 5 minutos para não perder o ponto.
 
* Agora estou aqui, no meio da manhã, cansada, sem produtividade alguma, com cara de sono e mal humorada. Mas o ponto, parâmetro absoluto do bom trabalhador, foi "batido" às 8h06 da manhã.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Tédio na Hora do Almoço

Primavera

8h05 da manhã, uma gordinha entra na cantina com cara de desanimada e suspira. A "tia do lanche" pergunta:
_Uai Fulana, o que foi com você?
A gordinha responde: _Ah, fiz 30 anos né? Vou fazer o que?
E outro suspiro.
 
Eu, que estava no cantinho aproveitando meu café com pão, respondi em pensamento:
 
_Uai filha, vai continuar vivendo, né? Ou se mata, porque aí vão dizer que você morreu jovem!
 
É cada uma que eu escuto, vou te contar...
 

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Resumo

É minha cara. Tem dias que eu concordo com você: Tá foda! Ou, como dizem os espertinhos de plantão, se fosse foda pelo menos era bom!
Seu emprego é um saco, mas nem é esse emprego. Você já cresceu o suficiente pra aprender que saco mesmo e ter que trabalhar. Mas pior ainda é ficar desempregada. "Deuzulivre"! Você ganha uma merreca, sabe que a merreca é alta em relação ao salário da maioria dos brasileiros e vê os afortunados com Q.I.s e costas-quentes dançando felizes, dando cambalhotas, fazendo estripulias e palhaçadas na sua cara. Deve ser pra rir, você que não entendeu.
Pra sair dessa merda, você tem que ser otimista, obstinada, ter força de vontade, muita garra e fibra. Acredite em você! E estude, rache a cara de estudar. Não importa o quanto você está cansada ou sem a menor paciência pra decorar um código que ninguém segue. Só que você precisa disso pra ser mais feliz, você acha, ou pelo menos aposta que isso te deixaria mais rica e, consequentemente, mais feliz. Você já gastou dinheiro, pagou a primeira parcela (e tá fazendo falta esse valor), mas ainda tem outra parcela mês que vem. Respire...
E quando chega o fim de semana, você não tem ninguém esperando pra ficar o dia todo com você ou pra, finalmente, passar mais de quinze minutos na sua companhia. Você ficou animada com um convite, mas era brincadeira daquele cara que você sempre foi afim. Engraçado ele né? Tão espirituoso...
E pra completar tudo você se lembra que não tem tempo de malhar e não tem ânimo pra fazer um regime. Você não tem força de vontade. Você é fraca e tem fixação na fase oral (seu futuro começou a ser arruinado na tenra infância, sinto muito).
Resumindo, você deve lembrar na sorte que tem por estar viva e com saúde. Você mora em um país sem terremotos, tsunamis ou vulcões. O que é um deslize aqui, outro ali, dos seus governantes, aqueles caras que distribuem de forma esquisita os (muitos) impostos que você paga. A população fica na miséria e você pode ser assaltada, estuprada e morta porque é burra e não tomou cuidado.
E você nem tá pedindo arrego... Só quer que não te encham muito o saco hoje (pq você pode estar menos realista amanhã). Na verdade, você queria uma mãozinha do mundo, do destino, dos céus, dos outros, seja de onde for, pois você realmente acha que se esforça bastante e não merece as coisas desse jeito. Mas você não pode admitir isso, afinal, seria covardia e comodismo não admitir que tudo isso é apenas um resultados das suas ações e, é sim, tudo culpa sua.
Infelizmente, cara amiga, não nada de animador pra te falar e nem tenho bons conselhos (até mesmo porque sei se você está cheia deles). Só queria falar, se é que isso ajuda, que eu te entendo. Mesmo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O que me faz falta não é o teu corpo ou voz. É a presença do sublime. Na vida, as pessoas profundas precisam de conexões, ainda que raras, com algo de superior e mágico, e todo mundo sabe que você tem a sua chave. Te vi de longe semana passada e quis ir te cumprimentar mas não, deixa pra lá. Sabia que num breve "oi" eu não te daria o tempo incerto de deixar escapar ao menos uma minúscula porção daquela mágica que é rara, e, talvez por isso, seja tão capaz de me alimentar por completo.
Por esses dias rasos, me consolo com meus suspiros e com a certeza de que ainda seremos intensos juntos, não sei como, nem onde, mas sei.
Cotidiano das Cidades... peguei isso de um filme, e não vou saber citar o nome do diretor para dar créditos certos, mas recomendo o filme (que nem sei se foi distribuído, minha amiga pode já ter perdido a fita que ganhou).
Percebi esses dias que nunca vou me acostumar com o cotidiano de fazer a mesma coisa todos os dias. Vou aguentando aqui e ali, pois preciso, mas é certo que a regularidade me incomoda. Hoje estava planejando alterar uma rua do meu trajeto pra me livrar de um pequeno congestionamento (pq dos grandes eu já desviei). Calculava se valeria a pena alongar ainda mais o caminho e, de repente, percebi que qualquer rua que eu seguir vai fazer parte do mesmo caminho para o mesmo lugar. Não é tempo que eu quero economizar. É tédio.