terça-feira, 29 de setembro de 2009

Do alto

Alto Paraíso é cidade goiana famosa por uma energia misteriosa que os místicos e ets adoram. Tem até discoporto, sim, um aeroporto pra disco voador. Comunidades ditas "alternativas" pululam por lá. Junto a isso, a cidade é na Chapada dos Veadeiros, um lugar onde andar de carro pela rodovia já é um espetáculo.

Fui lá com amigos queridos e entramos numa lojinha comum nesse tipo de lugar: cristais, bonecos de duendes, pulseirinhas hippies etc. Um cartaz dizia: "Oráculo Maia", e a simpática dona da loja, Nega, nos ofereceu a leitura. Pensei que era golpe, mas era grátis e não custava nada tentar, né?

Um amigo foi primeiro e, entre as explicações que já não lembro, Nega lhe recomendou trabalhar com cura pelas mãos, que era uma forma de ajudar o universo e evoluir. Fiquei animada. O oráculo poderia me dar uma dica do que fazer da vida. Mas chegou minha vez e fui informada que minha evolução é pelo autoconhecimento.

Confesso que fiquei frustrada. É claro que eu queria uma dica mais prática, um caminho certo a seguir. Mãos, palavras, arte, números... quais instrumentos usar? Autoconhecimento é um troço amplo e vago, já que acredito que cada ser aqui carrega um universo em si. Mas por recomendação do universo ou tendência natural, venho tentando conhecer essa pessoa que sou eu mesma e muitas outras. Em uns dias tenho mais intimidade, noutros desconheço, amo, me irrito, canso, mas já vi que não posso mesmo desistir. Um dia chego a uma sintonia mais fina com o cosmos. Até lá, terapia, conversas, escritos, fotos e música vão abrindo caminhos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Saiba

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"Para o Pará e o Amazona: látex
Para parar na Pamplona: Assis
Para trazer à tona: homem-rã
Para a melhor azeitona: Ibéria"
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Tem uns 3 dias que tô com esse trecho de música na cabeça. Aí quando chego em casa, esqueço de procurar pra baixar "Diariamente", Marisa Monte. Acho que eu já tive o disco com essa música. O disco, gente. Calcula. Mas não sei se é alucinação.
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"...saibamos pois
estamos sós."
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Marcelo Camelo canta lindamente essa constatação óbvia do mundo. Mas eu demorei a perceber. Como o clichê que minha amiga falou hoje: "a gente nasce sozinho e vai morrer sozinho". E agora que sei disso, estou apavorada. Segundo a astrologia, a aproximação dos 29 anos (O Retorno de Saturno) marca a ruptura definitiva com a família, principalmente com os pais. É claro, não estamos falando em romper os laços. Se trata de finalmente perceber que sua vida é outra e é hora de caminhar com os seus próprios pés. Eu não me sinto preparada, nunca me senti e duvido que esse momento lindo de maturidade vá chegar tão cedo pra mim.
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Para os carentes, a solução seria fazer planos com alguém, criar sua própria família, recomeçar o ciclo. Para os sabiamente evoluídos, o legal é cuidar da prórpia vida e torná-la plena a ponto de oferecer um espaço para alguém com outra vida plena, e tudo virar uma plenitude maravilhosa. Eu, que faltei umas aulas bem importantes na vida, não faço a menor idéia do que fazer..

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sopro

horas o céu ameaça... vai chover, vai chover... Mas nada por aqui, ainda. Talvez bairros mais afastados já estejam festejando as águas ou praguejando contra o incômodo, a rua molhada, a escova destruída, enfim. Mas eu ainda quero ver a chuva daqui, nessa janela grande e com esse pátio cheio de árvores enormes. A cortina de galhos e folhas faz um céu bonito, bom de ver.
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Queria três coisas: uma chuva forte, uma pista de corrida e um tênis. Belinha viria junto, cachorro faz mesmo companhia. Correr na chuva, isso parece bom. Poderia esquecer que os médicos não me recomendam exercícios de impacto, que é perigoso sair sozinha à noite e não é bom abusar da sorte de ter pulmões saudáveis em épocas de gripe suína. Os pingos gelados, o corpo quente do esforço. O cansaço, o fôlego difícil, o fim da pista, a recompensa.
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Um banho, um chocolate quente com novela. Dormir tranquila, acordar disposta. E aprender a subir e descer ladeiras com chuva, sol ou com a sem graçeza dos céus pálidos.

domingo, 6 de setembro de 2009

Leve adiante

Nem tudo na vida é leveza e deixar ir, desapegar... Tem coisas boas de ficar, de se guardar, de fazer chão. Eu andei com medo de perder meus amigos. As pessoas mudaram, a turma não se configura mais do mesmo jeito, rotinas, namoros, distãncias de horário e interesses. Mas foi um medinho passageiro. As coisas vão continuar mudando, é claro. Mas quando eu encontro meus amigos, meus melhores amigos do mundo, eu sei que não é à toa, não é comodismo de ser amigos a anos que nos une. Afinidades inexplicáveis, piadas sem lógica pros outros, companheirismo e querer bem sem fim, tenho certeza. Eu amo muito os meus amigos, acho bom reconhecer isso sempre. Amo demais também a minha família, minha mãe, meu irmão, meu pai, minha irmã, minha tia... Mas isso rende outro post, então vou deixar pra mais tarde.

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Esses dias pra tras fiquei com medo de entrar em depressão de novo. Essa doença é como uma sombra que ora te engole, ora se afasta, mas está sempre ali grudada no seu pé, à espreita. Mas não era depressão, eu estava apenas muito triste, e ficar encolhida, dormir demais, chorar um tanto é o meu jeito de lidar com isso. Não é transtorno. Passou, Deus salve a terapia, os amigos, o chocolate e o tempo, mesmo que curto, que passa e a gente consegue respirar.

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Voltou minha vontade de revolucionar o mundo. E acho que isso se resume, por enquanto, em emagrecer, cortar o cabelo, virar uma dançarinha de verdade e passar num concurso e/ou arrumar uma forma de ganhar mais dinheiro. Ser mais organizada também viria a calhar. Essa segunda é feriado, então, terça-feira começo. Quem bota fé, por favor, envie telepaticamente pra mim. Muito obrigada!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uma pedra no meio da tecnologia

Eu tinha um projeto foto/texto pra esse blog, aliás, tenho. Mas ontem meu pc, que é ótimo, resolveu ser ruim e encalhar no meio da tranferencia das fotos. Fiquei com tanta raiva que não animei a dar a volta na pedra do caminho.
Eu insito em procurar lógica nas coisas do mundo, mesmo sabendo que não há. Pensem comigo: tecnologia bluetooth. Eu não sei mexer muito bem (ou quase nada). Mas ontem, finalmente, consegui que eu pc aceitasse um arquivo do meu celular. Tava indo tudo bem, aí o ícone do treco blue sumiu. Como assim???? Sumiuuuuuuuu!!!
Aí fiquei procurando por todo o pc e descobri que o drive estava incompatível e precisava ser reinstalado. Isso eu até aceitaria se não tivesse funcionando antes! Então a droga é compatível pra 3 fotos e não pra 4, 5...? Confuso, né? Mas foi assim.

Então prometo que hoje pego o cabo, transfiro os arquvos e mostro a florada dos ipês, a folga da Belinha, o prédio cabuloso e os fogos de artifício. Aguardem hein!? Uhu