domingo, 26 de julho de 2009

A dádiva de não precisar madrugar amanhã

Um domingo bom. Porque superei a estranheza que esse dia geralmente traz. Escrevi umas coisas, como diria o Pablo, caóticas. Levei Belinha pra passear. E terminei esse livro aí do lado. Foi uma ótima aposta nos livros em promoção!

Sábado retrasado, estava esperando uma amiga e fui dar uma volta na livraria do shopping. Saí de lá com quatro livros e gastei R$ 33. Incrível , não? Li o primeiro: "Para sempre - amor e tempo", de Ana Maria Machado. Escrita boa, história nem tanto. Mas valeu.

O segundo foi esse, que terminei hoje. E adorei! Denso, personagens apaixonantes, momentos de medo e amor, drama bem feito e uma ótima escrita. Fica a pergunta: Leu, tia Isabel? O que achou?

Faltam dois livros agora (fora a pilha antiga): Helena, de Machado de Assis (o Einstein das letras, pra mim) e Dicionário do Séc. XXI, que comprei mesmo só pra folhear de vez em quando. Na pilha antiga e, também, recente, estão "Grande Sertão Veredas" e "Manuelzão e Miguilim", de Guimarães Rosa, e "A Viagem de Théo" (sei não o autor).

Sobre Guimarães Rosa, chorei tanto com Miguilim (com tristezas da história e o encantamento da beleza) que não estou pronta ainda pra tal magnitude. Sou assim com coisas grandiosas. Admiro e respeito, mas não é sempre que estou pronta. Já passei por isso com Clarisse Lispector. Por isso resolvi me respeitar e pedi o outro emprestado, mas estou achando chato. Só quero terminar porque é de um amigo, e acho muito feio devolver livro sem ler, principalmente quando a pessoa que te emprestou tem um carinho pela tal encardenação.

Agora de madrugada, sem a companhia das personagens que estavam comigo antes, resolvi alimentar um pouco meu quase abandonado Flickr http://www.flickr.com/photos/agatha/ e ler um pouco de blog, twitter e etcs. E relembrei também que gosto de Radiohead. Marcelo Camelo cantou mais cedo.

Amanhã começa de verdade a semana e os vários planos tomam novo fôlego. O principal é malhar de maneira regular. Vaidade e saúde, duas coisas absurdamente importantes no momento (se não for sempre). Quero decidir também, se pinto ou não o cabelo. E olha que ganhei o salão de brinde no trabalho. Estou quase certa do que fazer, só me falta ligar e marcar.

No mais, cuidar da casa, da vida, de mim e dos que eu gosto, amo e/ou preciso. Tem um ventinho de otimismo entrando pela janela e não pretendo fechar. E amanhã ainda estou livre do despertador das 7h, o que é quase uma garantia de bom humor na segunda!

sexta-feira, 24 de julho de 2009



Apesar da terapia, dos remédios, do otimismo, boas energias e etc, sempre vai chegar um dia assim: chatinho. Dia sem muita simpatia, com pouco esforço. Porque é só um dia. Amanhã deve passar. Aí se passar de uma semana eu vou me preocupar. Mas por agora não, deixa.

Hoje eu tô me sentindo deslocada. Uma pintura renascentista fora de moda. Um modelo para os museus, não para as ruas nem outdoors. Já me falaram que eu pareço as mulheres dos quadros da renascença. Mas foi há tanto tempo, que pena...

Acho chato fazer mais um post melancólico reclamando da vida. Mas isso, so sorry, faz parte de mim. E foi só hoje que consegui sentar num computador bom o suficiente pra abrir o blog. Em casa, estou evitando ligar o meu pra não agravar minha tendência às lesões. Ando lendo muito, tentando escrever um pouco, limpando casa, cozinhando um pouco, vendo amigos... Seguindo os dias que, querendo ou não, se seguem um após o outro até o infinito (ou até 2012, vai saber). Aos que ainda vem aqui, muito obrigada. Esse final de semana vou ter mais tempo e recursos pra ler outros blogs, bater papo e aproveitar o lado bom desse mundo internético. Até!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

25+


E pela primeira vez eu surtei com um aniversário. Antes, eu sempre ficava muito feliz, mas na segunda-feira passada eu quis mesmo que o dia passasse rápido. Não queria parabéns, Justificarnão queria trocar a idade. Os presentes, confesso, adorei. Peguei os abraços, as felicidades e todas as coisas boas que me deram e guardei longe das angústias.

Eu tento pensar como minha mãe. Quando alguém exclamou: "Ê, Agatha, mais um ano, hein!"
E minha mãe disse: "Ainda bem!"
É, ainda bem. Porque a vida é uma dádiva com ou sem crises de idade. E aprendi muita coisa nesse tempo, mudei, cresci, piorei... tudo que todo mundo faz com o tempo.

Mas ainda me sinto descompassada. Deveria ter feito mais, ser mais, sei lá. Eu sei, eu sei... Em muitos pontos eu tô bem para a minha idade. Mas em outros eu sinto que perdi o bonde.

Eu ainda tenho espinhas, tenho dúvidas e problemas que não combinam com uma adulta, segundo, é claro, minha opinião. Quando eu era criança, achava que ser adulta era algo tão natural como crescer e envelhecer, e ainda não me acostumei com o fato que não é automático. A seriedade, responsabilidade e segurança são conquistas árduas que eu não sei se alcanço até a velhice.

E sei que não adianta reclamar e tenho que correr atrás do que me falta. Estou tentando, pessoas, já dei os primeiros passinhos. Tenho que me lembrar do pânico de ser a "colega do lanche", uma personagem real que um dia chegou na copa do trabalho desanimada e arrastando os sapatos. A tia da copa perguntou:
_Uai, colega, o que foi?
E ela suspirou fundo e falou: _Ah, fiz 30 anos. Fazer o que?!
E eu pensei: "Ué, ou você vive ou se mata, porque aí vão dizer que você morreu jovem! "

No alto da crueldade do meu pensamento, eu não imaginava que poderia ser eu ali, daqui a pouco. Eu quero aquela e muitas outras idades. Quero viver muito! Mas preciso cuidar para renovar sempre o mesmo desânimo.


ps: Foto da vista da minha janela.