E pela primeira vez eu surtei com um aniversário. Antes, eu sempre ficava muito feliz, mas na segunda-feira passada eu quis mesmo que o dia passasse rápido. Não queria parabéns, não queria trocar a idade. Os presentes, confesso, adorei. Peguei os abraços, as felicidades e todas as coisas boas que me deram e guardei longe das angústias.
Eu tento pensar como minha mãe. Quando alguém exclamou: "Ê, Agatha, mais um ano, hein!"
E minha mãe disse: "Ainda bem!"
É, ainda bem. Porque a vida é uma dádiva com ou sem crises de idade. E aprendi muita coisa nesse tempo, mudei, cresci, piorei... tudo que todo mundo faz com o tempo.
Mas ainda me sinto descompassada. Deveria ter feito mais, ser mais, sei lá. Eu sei, eu sei... Em muitos pontos eu tô bem para a minha idade. Mas em outros eu sinto que perdi o bonde.
Eu ainda tenho espinhas, tenho dúvidas e problemas que não combinam com uma adulta, segundo, é claro, minha opinião. Quando eu era criança, achava que ser adulta era algo tão natural como crescer e envelhecer, e ainda não me acostumei com o fato que não é automático. A seriedade, responsabilidade e segurança são conquistas árduas que eu não sei se alcanço até a velhice.
E sei que não adianta reclamar e tenho que correr atrás do que me falta. Estou tentando, pessoas, já dei os primeiros passinhos. Tenho que me lembrar do pânico de ser a "colega do lanche", uma personagem real que um dia chegou na copa do trabalho desanimada e arrastando os sapatos. A tia da copa perguntou:
_Uai, colega, o que foi?
E ela suspirou fundo e falou: _Ah, fiz 30 anos. Fazer o que?!
E eu pensei: "Ué, ou você vive ou se mata, porque aí vão dizer que você morreu jovem! "
No alto da crueldade do meu pensamento, eu não imaginava que poderia ser eu ali, daqui a pouco. Eu quero aquela e muitas outras idades. Quero viver muito! Mas preciso cuidar para renovar sempre o mesmo desânimo.
ps: Foto da vista da minha janela.
Eu tento pensar como minha mãe. Quando alguém exclamou: "Ê, Agatha, mais um ano, hein!"
E minha mãe disse: "Ainda bem!"
É, ainda bem. Porque a vida é uma dádiva com ou sem crises de idade. E aprendi muita coisa nesse tempo, mudei, cresci, piorei... tudo que todo mundo faz com o tempo.
Mas ainda me sinto descompassada. Deveria ter feito mais, ser mais, sei lá. Eu sei, eu sei... Em muitos pontos eu tô bem para a minha idade. Mas em outros eu sinto que perdi o bonde.
Eu ainda tenho espinhas, tenho dúvidas e problemas que não combinam com uma adulta, segundo, é claro, minha opinião. Quando eu era criança, achava que ser adulta era algo tão natural como crescer e envelhecer, e ainda não me acostumei com o fato que não é automático. A seriedade, responsabilidade e segurança são conquistas árduas que eu não sei se alcanço até a velhice.
E sei que não adianta reclamar e tenho que correr atrás do que me falta. Estou tentando, pessoas, já dei os primeiros passinhos. Tenho que me lembrar do pânico de ser a "colega do lanche", uma personagem real que um dia chegou na copa do trabalho desanimada e arrastando os sapatos. A tia da copa perguntou:
_Uai, colega, o que foi?
E ela suspirou fundo e falou: _Ah, fiz 30 anos. Fazer o que?!
E eu pensei: "Ué, ou você vive ou se mata, porque aí vão dizer que você morreu jovem! "
No alto da crueldade do meu pensamento, eu não imaginava que poderia ser eu ali, daqui a pouco. Eu quero aquela e muitas outras idades. Quero viver muito! Mas preciso cuidar para renovar sempre o mesmo desânimo.
ps: Foto da vista da minha janela.
6 comentários:
Gata,
Sempre leio seus post {é bem verdade que as vezes demoro a abrir, mas daí leio de pancadão) e nunca deixo comentários, talvez por achar esquisito "mamàe deixar recado". Mas hoje não resisti ao ler este. Parece com as minhas anotações/reflexões (escondidas)em velhas agendas.
Vou fazer 51 anos (uiiii) e ainda não aprendi a envelhecer. Mas (acho) que alguma coisa estou aprendendo, que sempre vamos correr atrás desse algo que falta, que não fizemos, que não alcançamos, que não melhoramos, etc.
Nào sei, penso que maybe we could act like "let it be"...ahhhhh suprema sabedoria né???? mas daí, se anoto no caderninho/post que ainda vou chegar lá...empurro essa possibilidade para mais adiante.
Escrevi tudo isso para dizer que sou muito orgulhosa (é, mãe tem dessas coisas) de ter você como filha...
grande beijo
Agatha, você fala bastante a respeito do tema, mas não chega a especificá-lo. Por isso a pergunta: que pessoa você quer ser?
tia e irmã orgulhosa dessa familia talentosa
tia e irmã orgulhosa dessa familia talentosa e que esta sempre crescendo ,nunca estagnadas amo vcs
parabéns, agatha!!!
rsrs.
beijos!
" Por mais que pareça que a dor é infinita, princesa acredita viver é bom".. bjo prima!!
Zé Luis
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