domingo, 4 de julho de 2010

Blablablá

Eu não sou coerente, não sou esperta. Já perdi as contas de quantas vezes cometi o mesmo erro e é muito provável que cometa de novo daqui a pouco. Porque meu cérebro parece dividido em setores independentes e a inteligência não circula livremente, fica presa nos setores inúteis enquanto outros parecem afundar na lama da burrice. E eu não estou de tpm, só pra esclarecer.
Sou otimista só enquanto vai tudo bem, aí começa a dar errado e eu desanimo, desespero, igual nossa seleção no segundo tempo com a Holanda (se bem que eles brigaram para dar certo muito mais que eu). Antes eu era uma boa amiga, agora tenho tanta preguiça das minhas proprias confusões que fico sem graça de não ter nada de novo pra contar, não ter glórias pra compartilhar, tenho vergonha do que ando fazendo com minha própria vida (que pode até se resumir a nada).
Eu tenho um suposto talento nas mãos e não tenho idéia do que fazer com ele, já que meus planos fracassaram e eu deixei vários bloqueios pequenos virarem Muros de Berlim, dividindo a alegria de tentar da atitude derrotada dos que acham que nada vai adiantar.
Eu pensei que pudesse, mas não consegui até agora abrir mão dos meus vícios, que tanto me prejudicam e confortam. É como se me cortasse pra passar o tempo, pra não ver tão de perto o que sai pelos olhos e não pelos poros.
E confesso que estou apavorada de fazer outro aniversário, como esse julho chegou tão rápido? E estou celebrando o que? Todas as chances que perdi? Tudo que sonhei e tão fácil desisti de conquistar? Sim, posso agradecer por várias e várias bençãos que recebi, pelo menos ingrata e não sou. Mas me falta aquela sensação que esse número da minha idade é só o tempo que levei pra chegar até aqui, o lugar onde estou, que não deveria ser tão distante de onde deve ser o meu lugar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que todo o problema está em considerar erros como, digamos, erros. A vida não é assim, preto no branco. Esse maniqueísmo hipócrita é uma ilusão criada para facilitar o controle.

A vida é cinza, cheia de nuances. Por isso os acertos não seriam nada sem os erros, e tudo mais que existe entre eles. Os erros existem pra te lembrar para aonde não ir. O que importa é compreender o que ocorreu no caminho.

O nosso cérebro é dividido mesmo, o processamento de certas funções é separado em áreas só pra conseguir a especialização. Como departamentos de uma empresa. Então é só uma questão de "eficiência evolutiva". Mas não se engane, tudo, absolutamente tudo, está interligado.

Aceite-se como vc é, com os erros, com os acertos, com tudo que ficou no caminho. Tudo isso é o que vc é. Realmente a medida que o tempo passa, começa a surgir uma nuvem negra na nossa cabeça. É como se ganhássemos um relógio de bolso. Daqueles que vc só olha raramente. Vc pode encarar essa pressão de diversas formas.

Pra mim ele é um lembrete diário, que é pode ser bom ficar olhando no retrovisor, mas que tudo tem um começo e um fim. E que o tempo não para. Não te espera. Então não temos mais tempo pra desperdiçar com inseguranças, com hesitações, com temores infantis. Isso ai é um reflexo no espelho. Ficou pra traz.

O que a o relógio está tentando te dizer é que qdo se é jovem, ninguém te deu um pq se vivêssemos sob a pressão do tempo, não experimentaríamos aqueles sabores que só podem ser degustado com o desapego da juventude.

E talento não existe. Tudo que vc tem foi construído, uma parte pode ter sido herdado. Mas isso é irrelevante, é tudo seu. Se vc tem um "dom" é só pq vc trabalhou, lapidou, lutou por ele. O ideal é que, parasse de olhar no retrovisor, se lembrasse do relógio de bolso, e fizesse algo com ele.

Não por causa dos outros, mas por vc. Algo que te orgulhe no futuro, qdo, novamente, olhar no retrovisor. Um legado, por menor que seja. Uma capsula do tempo, q qdo alguém no futuro abrisse, lesse o texto que estava lá dentro e desse um sorriso. Só isso.

Mas se não fizer, acho que não tem importância. Terá valido a pena de qualquer jeito.

Só não entendo pq as pessoas demoram tanto pra descobrir isso.

Abçs,

PS.: Nao sei como cheguei aqui, acho que foi uma amiga em comum.
PPS.: Não desperdice bons post com titulos ruins, é um pecado.
PPSS.:E não tenha medo de cortar seus textos. E dificil e doloroso, mas é essencial. Acho q estou falando do "Dos Ares"

Anônimo disse...

Acho que todo o problema está em considerar erros como, digamos, erros. A vida não é assim, preto no branco. Esse maniqueísmo hipócrita é uma ilusão criada para facilitar o controle.

A vida é cinza, cheia de nuances. Por isso os acertos não seriam nada sem os erros, e tudo mais que existe entre eles. Os erros existem pra te lembrar para aonde não ir. O que importa é compreender o que ocorreu no caminho.

O nosso cérebro é dividido mesmo, o processamento de certas funções é separado em áreas só pra conseguir a especialização. Como departamentos de uma empresa. Então é só uma questão de "eficiência evolutiva". Mas não se engane, tudo, absolutamente tudo, está interligado.

Aceite-se como vc é, com os erros, com os acertos, com tudo que ficou no caminho. Tudo isso é o que vc é. Realmente a medida que o tempo passa, começa a surgir uma nuvem negra na nossa cabeça. É como se ganhássemos um relógio de bolso. Daqueles que vc só olha raramente. Vc pode encarar essa pressão de diversas formas.

Pra mim ele é um lembrete diário, que é pode ser bom ficar olhando no retrovisor, mas que tudo tem um começo e um fim. E que o tempo não para. Não te espera. Então não temos mais tempo pra desperdiçar com inseguranças, com hesitações, com temores infantis. Isso ai é um reflexo no espelho. Ficou pra traz.

O que a o relógio está tentando te dizer é que qdo se é jovem, ninguém te deu um pq se vivêssemos sob a pressão do tempo, não experimentaríamos aqueles sabores que só podem ser degustado com o desapego da juventude.

E talento não existe. Tudo que vc tem foi construído, uma parte pode ter sido herdado. Mas isso é irrelevante, é tudo seu. Se vc tem um "dom" é só pq vc trabalhou, lapidou, lutou por ele. O ideal é que, parasse de olhar no retrovisor, se lembrasse do relógio de bolso, e fizesse algo com ele.

Não por causa dos outros, mas por vc. Algo que te orgulhe no futuro, qdo, novamente, olhar no retrovisor. Um legado, por menor que seja. Uma capsula do tempo, q qdo alguém no futuro abrisse, lesse o texto que estava lá dentro e desse um sorriso. Só isso.

Mas se não fizer, acho que não tem importância. Terá valido a pena de qualquer jeito.

Só não entendo pq as pessoas demoram tanto pra descobrir isso.

Abçs,

PS.: Nao sei como cheguei aqui, acho que foi uma amiga em comum.
PPS.: Não desperdice bons post com titulos ruins, é um pecado.
PPSS.:E não tenha medo de cortar seus textos. E dificil e doloroso, mas é essencial. Acho q estou falando do "Dos Ares"

Claudia disse...

Será que eu acertei o dia? Na dúvida, postei um cafezinho de aniversário para você na Cafeteria.

Beijos enormes, flor goiana.