segunda-feira, 10 de março de 2008

Do que alaga

Chuva de manhã = sono e preguiça de levantar da cama e ir trabalhar, estudar etc.
Não que tais fatores estejam ausentes se tiver aquele solão, mas, entre 100 pessoas, 99  concordam que a vontade de ficar quietinho sobre os lençóis aumenta nos dias de chuva (e a pessoa que discorda é só pelo prazer de ser do contra).
 
Tal fenômeno sob o comportamento humano não é apenas uma idéia cultural; vem da nossa memória ancestral. Os homens da caverna viviam mesmo uma vida dura, árdua, difícil e qualquer outro sinônimo. Mesmo sem enfrentar trânsito, impostos e o Faustão no domingo, a vida na Idade da Pedra não era bolinho. Para garantir a sobrevivência, eles precisavam caçar as feras mais temíveis e, ainda, fugir da morte quando eram caçados por feras ainda mais temíveis.
 
A rotina desses incansáveis trogloditas começava antes do raiar do sol, pois alguém já tinha rabiscado nas paredes da caverna que "Deus ajuda quem cedo madruga". Dia a dia, lá ia o homídio com seu tacape com a tarefa de levar comida pra casa. Os pesquisadores não sabem ao certo se foi nessa época que definiu-se que cabia à mulher cavernosa limpar caça, acender a fogueira e, quem sabe, temperar com aquele matinho gostoso que crescia ali por perto. Depois de ser conquistada com um tacape na cabeça, imagina-se que a mulher das cavernas não tinha muita inspiração pra ser rainha do lar.
 
Nesses tempos das cavernas, a chuva impossibilitava a caça, já que os animais, que nunca foram bobos, não saiam de suas tocas e ficavam bem escondidinhos. Os mais animados dos homens até sugeriam ir caçar os animais lá nos esconderijos, mas sempre tinha o mais sensato que lembrava da visão limitada no ser humano e o quão longe estava do veículo 4x4 ser inventado. Assim, o dia de chuva era, inevitavelmente, um dia de folga.
 
O pessoal aproveitava para tirar aquela soneca, colocar o papo pré-histórico em dia (acredita-se que o desenvolvimento da linguagem de acelerava nesses momentos), pintar paredes, inventar música, fabricar novas armas (naquele tempo era justificável) e uma série de outras atividades que fugiam da estressante rotina do dia-a-dia (se vc acha que ficar num computador o dia inteiro é difícil, experimente caçar um búfalo).
 
É por isso tudo que nós, homo sapiens conteporâneos, temos arraigada a crença de que o dia de chuva é dia para ficar em casa. Fique à vontade para usar os dados dessa importante pesquisa científica para justificar sua ausência para seu patrão, professor, pai, mãe e consciência. Para que eles te levem a sério, diga que leu na Veja e é uma tese de doutorado de Havard em parceria com Sorbonne. Caso funcione, por favor me avise; não é todo dia que consigo justificar minha preguiça com uma história tão mirabolante.
 
 

Um comentário:

José Luis de Barros disse...

tu acredita que isso aconteceu hoje comigo...só q tive levantar e ir fiscalizar prova.. mais pode deixar q a proxima vez q acontecer isso q n deve demorar, eu usso essa justificativa.. kkk

bjo prima.. (Zé Luis)