quinta-feira, 6 de março de 2008

Joguei papéis e promessas antigas fora.
Alívio!
A verdade é que afetos e memórias não se solidificam mais ou menos se aquela carta, o convite de formatura ou o bilhete engraçado ficam acumulando poeira e ácaros.
 
Pendurei no ar os pássaros que dobrei. Pra enfeitar, pro vento ter com quem dançar.
Poesia de papel colorido.
 
Abri pastas, rasguei contas antigas. Me perdoei por desistir de rascunhos dos artigos que nunca escreverei. As opiniões e revoltas mudam, graças a Deus!
Do material guardado, tirei o agradecimento por todos os processos de dor e alegria que passei. Enfrentei, recuei ou esqueci, agora nem importa. Mudei, cresci.
 
Na filosofia de lá de longe, o que fica guardado estagna a energia. E agora quero por tudo em movimento. Que eu dance, que eu corra, que eu caia e aprenda que joelho ralado que é bom.
 
Limpei a janela e vou pendurar os cristais daquela cidade bonita onde fui tão feliz. Um convite para entrar a luz, para os anjos e sonhos virem bater asas por aqui. Sejam bem-vindos!
 

3 comentários:

Anônimo disse...

Da categoria: textos-raios-de-sol.

Adorei. Tão fresco quanto a idéia que carrega.

Sassine disse...

Quanta elegância nesse texto...

José Luis de Barros disse...

Nossa que lindo prima.. algumas passagens bem poeticas... mais o teor é tocante.... Vou dormir feliz hoje...

ze luis