quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mais seis dias de junho

Se eu quebrasse a perna, tenho certeza de pelo menos dez pessoas que me dariam socorro sem pestanejar. Se eu realmente precisar de dinheiro, alguns se esforçariam e raspariam o cofrinho pra me ajudar. Se eu estiver à beira da morte, que Deus me livre por agora, sei que muita gente estaria no leito chorando e me pedindo pra não ir. O caso não é tanto drama. Nada grave aconteceu.


E mesmo nas pequenas coisas, eu tenho muita ajuda, sempre. Sou muito amada. Minha família me ama. Meus amigos. Até gente que não me conhece direito gosta de mim por motivos que nem sei. E não que eu deixe de ser feliz ou agradecida por tudo isso, mas tem dias que isso não basta.


Eu quero alguém pra mim.

Não precisa mudar de cidade por minha causa. Não precisa mudar de vida, revolucionar o mundo, pintar o cabelo, falar mais baixo. Só quero uma pessoa que se dedique um pouco a mim, que me dê atenção e um pouco de carinho. Só isso.


Porque eu to carente e essa maldita data comercial que se aproxima me faz pensar demais nisso. Faz eu me sentir mal sozinha. Talvez isso ataque 10 entre 10 solteiros do mundo, mas não quero ser compreensiva com os outros que sofrem do mesmo mal, hoje não.


De tudo que eu sempre desejei na vida, essa é realmente a única coisa que nunca tive. Por mais que já teve (e tem, ainda bem) gente querendo me comer, nunca tive ninguém pra mim.


E o mistério insondável do meu universo é: Por que?

Por que eu não tenho alguém comigo? O que faço de tão errado? Se eu sou até bonita, inteligente, limpinha, cheirosa, depilação em dia, inteligente, culta, bem humorada, condições psicológicas normais na loucura desse mundo, tenho um emprego fixo, danço bem, tenho bunda grande... Já sei, já sei, vão dizer que são qualidades demais para uma pessoa só. Os homens se assustam com uma mulher como eu (BU!). Bem, não é isso. Não sou a melhor nem a pior mulher do mundo.


Sei que os tempos estão difíceis, ta ruim pra todo mundo, a solidão no ser humano na sociedade contemporânea, o El Nino, a Globalização... E duas amigas (muito amigas, pessoas excepcionais) já concordaram: não há realmente uma explicação lógica para o que tem sido minha vida sentimental até o segundo passado (vai que a coisa muda agora!).


Andei mais calma e tranqüila esses meses (talvez tenha mais de um ano), me convencendo que tudo tem sua hora e não há nada de errado comigo. Mas toda vez que eu me interesso por alguém (e piro, pra variar) e a coisa parece não fluir em instantes (ta, eu sou ansiosa), me revolto com essa condição social/do momento/ do destino/ de merda.


Fico perguntando pros meus amigos se estou louca ou estou mesmo recendo sinais de que ele ta me querendo. Dessa vez, todo mundo concordou que sim, as atitudes dele são, no mínimo, suspeitas. Não vou citar por medo dele ler isso aqui por algum acaso da vida (e era disso que eu não estava falando no último post). Não quero que ele saiba que causa tamanha comoção (caso ele não tenha notado minhas mãos suando quando estou perto dele).

Droga, já estou falando sem parar nele de novo!


Enfim... nem gosto muito de falar nisso, mas hoje deu vontade. E como disse a Cacau, falar cura. Mas ainda não tenho mesmo a menor idéia do que fazer pra resgatar minha paciência e serenidade ou, melhor seria, mudar minha vida sentimental. Já fiz tantas apostas... mas agora só queria alguém que apostasse um pouco em mim.



2 comentários:

Sassine disse...

profundo, muuuuuuuito profundo... hehehehe


ou ou ou
tô com saudade de vc. já fui e já voltei. fim de semana tô de bobeira. bora fazer coisas?

bjos.

Anônimo disse...

Eu, que sou a pessoa excepcional, estou sensível.... me comovi. Afinal, é tudo verdade... não tem nem um exagerozinho nas suas palavras. E eu não faço idéia do que dizer pra vc (e pra mim) que torne esse momento menos doído.
Mas estamos juntas nessa solidão e quando ela passar também!
E, mesmo q não baste, é bom por demaaais.
Ueeeeei =*