domingo, 20 de dezembro de 2009
Presentes
O senhor atua apenas no Natal? É que eu comecei a fazer uma lista de desejos e vi que é impossível ganhar tudo até o Natal. Alguns estou quase ganhando, outros demandam planejamento e esforço. Meus pedidos são para todo o ano de 2010. Caso o senhor não atenda fora da época natalina, favor encaminhar minha cartinha às autoridades competentes.
Obrigada e Feliz Natal para o senhor também. Alguém teve a delicadeza de lhe desejar? Pois eu desejo, viu como sou legal?
1) Um namorado
Pois é, esse é clichê, mas é bem verdadeiro meu desejo de ter um homi pra chamar de namorado. Considerando o imenso fracasso sentimental desse ano de 2009 (não vamos falar dos meus outros quase 30 anos por agora, ok?), acho que mereço, né? Sou uma boa moça, pago minhas contas (com algum atraso, mas pago), trato bem a maioria das pessoas e só destrato quem merece, cuido bem da Belinha, amo minha família, amo meus amigos, assisto a bons filmes, leio bons livros, faço uma dança sensual, cuido do cabelo, passo creminho na pele... O senhor há de ver o meu esforço, hein?! Mereço mesmo um bom namorado.
2) Um bom lugar pra morar
Esse item tá fácil. É só o contrato que eu tô negociando dar certo, ok? Fizemos quase tudo, falta só o toque final.
3) Dinheiro
É, Papai Noel, eu sei que esse é um item complicado. Mas juro que estou correndo atrás. O senhor pode providenciar pra mim uma comissão para dar uma sustância ao meu salário, ou mais projetos bem pagos como (obrigada, Meu Deus!) tem aparecido, ou novos rumos empregatícios, uma iluminação pra eu prestar um concurso, uma Mega Sena (que acumulou ontem, quarta eu jogo, combinado?). São muitas maneiras legais e honestas de fazer mais dinheiro chegar na minha mão, pode escolher. Com mais dinheiro, pode deixar que eu cuido do item 2 e 4.
4) Uma viagem internacional
Eu tentei, mas não consegui criar a tradição pessoal de viajar pra fora do país todo ano. Foram dois sim e dois não. Agora podemos voltar ao ano sim em 2010, né? Sugestão: Portugal, EUA, Chile, Peru... mas estou aberta a propostas.
5) Mais viagens por Goiás e Brasil
É que eu realmente adoro viajar. E tem muito lugar pra conhecer e outros pra matar saudades.
6) Beatles Rock Band
Como o jogo não roda no videogame que tenho disponível, esse vai ter que vir com um novo video game. Prometo fazer valer a pena!
7) Mais Melissas
Sou doida por essas coisinhas de plástico!
8) Um joelho saudável
Ah, Papai Noel, eu sei que isso depende do meu esforço em malhar, fortalecer, alongar... Mas o senhor não pode me dar um joelho novo? Aí eu poderia fazer tudo que acho divertido como exercício (Jump, chutar sacos de pancada, correr, dançar...) e usar os saltos que tanto amo.
9) Roupas Novas
Que valorizem minha cintura.
10) Força
Ok, sei que é uma coisa meio genérica. Mas é que tem muita coisa que eu quero e sei que EU tenho que ir atrás. Equilíbrio, paz, felicidade, emagrecer, achar um rumo na vida, realização profissional, aproveitar meus talentos, resolver os meus conflitos e um monte de outras coisas. Nesse campo de autoconhecimento, acho que evoluí bastante em 2009 e vou continuar nessa busca em 2010. O que preciso mesmo é de força nesse caminho que é árduo, mas tem valido muito a pena.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Também na lista dos benfeitores está o Diamante Negro. Ontem comprei um pequenininho por um real, acho que valia R$ 10. E como era muito pequeno, não tinha culpa entre os ingredientes.
*
E mais um capítulo de Agatha e a Implicância com o Mundo...
Gente, quem pensou nessa promoção da Garoto? Você ganha uma viajem pra Nova Iorque pra... pra... ver um show do Roberto Carlos!!! Meu Deus! Fiquei até com medo de concorrer, ganhar e ser obrigada a ir no show.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O pop das Sereias
Pra quem não tem cultura, ta aí a prova. Sim, tem sereias na história do Peter Pan. E é por isso que hoje à noite estarei lá, de roupa prata e flor no cabelo dançando no espetáculo "Peter Pan e Michael Jackson na Terra do Nunca".
Michael?! Pois é, essa parte eu não sei explicar. A escola achou oportuno homenagear o astro pop dentro de um espetáculo do Peter Pan. Ok, quem sou eu pra discutir?! O espetáculo de hoje a noite mistura ballet, jazz, dança do ventre, street dance etc. Uma confusão divertidíssima que gera uns diálogos engraçados nos ensaios, tipo:
* Professora: Quem puxa as sereias no encerramento é o Capitão Gancho, vocês vão reconhecer no dia.
* Figurinista: A roupa de vocês vai ficar linda com as asas.
Eu: Ahn?! Mas nossa roupa não tem asas!!!
Figurinista: Claro que tem, e são lindas!
(apreesão geral)
Eu: Mas a gente é sereiaaaaa!
Figurinista me olha apavorada: Ah, é mesmo... Confundi.
(acho que ela correu pra tirar as asas da nossa roupa.)
* Diretora: Gente, não conversa enquanto luta com espadas. Presta atenção!
* Capitão Gancho pra mim: Pode pegar sem medo, tá firme.
Gente, quem critica não sabe o que tá perdendo de diversão e magia. Me divirto ultra desses ensaios e fico, sim, muito feliz de fazer parte de uma escola de dança. Depois posto umas imagens aqui, talvez um vídeo. Dessa vez eu cumpro a promessa. Desejem-me sorte ou merda, já que é teatro.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Amor e Tempo
Quero muito agradecer a um amigo meu que, não sei o quanto nem por quanto tempo, me amou. Quando ele deu uma indireta de que gostava de mim, eu não fiz nada. E meus amigos falaram que eu fui idiota. Mas, caros, há um moralismo aqui. Ele tinha uma filha e uma mulher, no papel ou não. Ele não tentou me beijar, me agarrar, não tentou nada. Numa frase meio atravessada, meio triste e conformada, falou que era eu quem ele queria. Depois, mandou uma letra de música que mal pude ler. Eram aquelas janelas de chat que fecham automaticamente se a pessoa fica offline. Não lembro se msn ou icq. Faz um tempo isso. Mas pude traduzir rapidamente que ele me amaria profundamente e silenciosamente.
Não sei se já acabou, não o vejo há muito tempo. E não me acho no direito de perguntar nada pra ele. E se doer? E se for pertubador? E se ele nem lembrar disso? Há que se ter cuidado ao revirar velhas lembranças guardadas lá no fundo do armário.
Demorei muito tempo pra entender essa história. Na verdade, me culpei muito tempo por não ter feito nada. Hoje, acho que poderia ter ligado pra ele e tentado conversar. Mas eu não sabia mesmo o que fazer, eu era mais nova, um pouco mais boba, enfim... Foi por esses dias que consegui lembrar de tudo de uma maneira boa e ser grata. É muito bom ser amada.
Uma coisa ficou comigo: os nossos abraços. Antes de eu saber de qualquer coisa, já reconhecia o imenso carinho que ele tinha por mim e eu por ele. Quando ele me abraçava, meu Deus, como era bom! Ele me dava uns abraços apertados e longos, eu fechava os olhos. Quando tava cansada ou triste, não tinha melhor remédio. Tenho certeza que aquele abraço me transmitia amor, e mesmo sem saber dar nome, eu percebia que havia uma dádiva ali. Impossível lembrar sem sentir saudades.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Só mais uma madrugada
*
Eu faço vários planos e não executo quase nada. Hoje parece mais claro admitir que, no final das contas, é porque não me sinto capaz de muita coisa. Pode ser que isso seja um distúrbio psicológico, daqueles clínicos reconhecidos, com nome e tudo: melancolia. Veja bem que melancolia é diferente de tristeza. É um sentimento de incapacidade arraigado lá dentro, pelo que eu entendi. Tô lendo um livro pra tentar entender. E, sim, com acompanhamento profissional.
Ah, e desculpa pelo desabafo aqui, sei que vocês estão cansados. Olha os desenhos lá embaixo que é mais legal.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Machines
Um viva à tecnologia! Uhu! Nem queria, mas descobri meio por acaso que podia adicionar uma janelinha do twitter aqui. Agora tá ali embaixo, à direita. Futilidades atualizadas =D
*
Por falar em twitter, descobri que gosto mais do orkut. Gosto muito mais ainda é de blogs mesmo. Na dúvida, vou mantendo todos.
*
Tenho me divertido com essas coisas que nem são mais high tech, mas ainda estou aprendendo a mexer. Achei que celular com câmera era uma bobagem, mas tem sido bem útil. Minha câmera oficial, minha maravilhosa companheira de alguns anos, está com problemas de bateria que eu ainda acho que posso resolver sozinha. Enquanto não consigo, o celular registra encontros de amigos, momentos inusitados, shows, céus bonitos...
E esse mesmo celular é o som do carro, com uma pequena caixinha de som que não faz feio. Aqui em Goiânia, o índice de roubos de som de carro é de quase 100% (alguns amigos são sortudos, mas é quase certo aqui que o seu som vai ser roubado). Por isso eu continuo feliz com meu celular.
*
Era pra ser tudo mais bonito com transferência de arquivos by bluetooth, mas meu pc resolveu que não reconhece mais o drive e pronto. Mas tudo bem, conectar um cabo não é tão sofrido assim.
*
Ontem fui ao Atacadão, sabe? Tem em quase todas as cidades. O daqui é loooonge da minha casa, mas como era um favor, lá fui eu. Agora estou apaixonada pelo supermercado. Pensa um lugar que todos (to-dosssss) os caixas tinham pessoas atendendo? E eram vários (vá-ri-osssssss!). Eu estava em uma pequena (minúscula) fila e um atendente já me orientou a ir a um caixa livre. Foi tão rápido, uau! Acho que nunca fui tão bem tratada em um supermercado!
No final, meu irmão reparou que estávamos em um caixa preferencial. Mas foi o carinha que me indicou... ué, será que eu pareço grávida, deficiente ou idosa? Preferi acreditar na agilidade de atendimento dos clientes (preferenciais ou não).
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
The roof, the roof is on fire!
Eu sei que não tenho mais idade (e que sou preconceituosa com a minha idade), mas adoro sair pra dançar. Me descabelar, suar, me acabar na pista, céus, é bom demais. Tenho feito pouco isso por 1014 motivos, mas isso não vem ao caso agora.
Na época aurea de sair pra balada, quando eu era mais nova e ainda precisava mostrar a identidade pra provar que tinha mais de 18, nenhum lugar era mais legal que o Café Cancun aqui de Goiânia, no shopping Flamboyant. Animadíssimo, lotado de gente bonita, camarada com os pobrinhos que chegavam mais cedo pra pagar mais barato.
O dj tocava as "bombadas" do rádio e, de repente, uma rumba invadia o ambiente, os garçons subiam no balcão e se formava uma fila da tequila. Todo mundo entrava no trenzinho e passava abaixando pela cordinha (é, você tinha que fazer por merecer a tequila grátis!).
Foi nesse ambiente que me diverti demais, subi nos puffs pra jogar Birinight pra bocas abertas, dancei salsa quente com estranhos, beijei alguns, fugi de chatos, tomei porres inmemoráveis... Teve uma época que os seguranças perguntavam por mim se vissem uma amiga sem minha companhia por lá.
Ah, bons tempos...
Hoje, há muito afastada do Café, me deparo com a notinha numa coluna de jornal:
"Depois de muito sucesso nos shoppings Flamboyant e Buena Vista, a boate e restaurante Café Cancun não resistiu à concorrência e baixou as portas. A noite goianiense lamenta!" jornal Diário da Manhã.
Não resisti e mandei uma resposta indignada:
Olá!
Eu sou do tempo que o Café Cancun "bombaba" no Flamboyant. Adorava a boate lá! Mas depois que passou pro Buena Vista, a qualidade só caiu. Tentei continuar frequentando, mas não dava. Uma mania tenebrosa da boate: deixar a fila se alongar só pra parecer que tinha mais gente. Nessa, o horário da cortesia passava e o desconto não valia mais. Sacanagem, né? O dj era desatualizado, mau humorado e não se importava se a música que tocava animada a pista ou não. Ficava lá de braços cruzados e cara de mau. Por isso parei de ir lá.
Depois, ouvia comentários que só ia puta por lá, mas isso eu não sei. Mas achava estranho passar lá e sempre ter carro de polícia.
Então, se o Café Cancun fechou as portas, não foi por não aguentar a concorrência, mas por sacanear o público e não manter a qualidade. Falência merecida.
Lá em cima, foto de 10 de maio de 2005. Não encontrei uma foto da época do Café, já que nem câmera digital eu tinha (o mundo já foi pior, hein?). Mas essa com o Luiz é um bom exemplo de foto na balada. Desenterrada de um antigo fotolog, num post que eu comentei "Luiz, o Felipe, eh a melhor companhia que se pode ter em boates, festas, shows e coisas afins. Tbm eh otima companhia pra tudo mais e ate mesmo pra nada". Graças a Deus, perdi essa mania de escrever "eh". O vestido da foto e o amigo eu ainda tennho, ainda bem! =) Já do Café Cancum, ficou a saudade...
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Palafitas
As pessoas sonham com um lugar assim, mas quem mora lá não está realizando sonhos. Vivem, simplesmente. A casa foi construída para suportar os alagamentos de verão, e o planejamento exagerado do velho Ern só deixou a vista mais bonita e uma impressão falsa de fragilidade. 80 anos de pé e três proprietários. As águas da praia abaixo do morro só fazem o som constante que embala a vida por ali, sem nunca terem subido pra perturbar ninguém.
Billy, o marido de Marie, comprou a casa do filho do velho Ern. Tinha morado ali a vida inteira e quis ficar mais perto dos netos na vila quando estava pra morrer. Agora já faz 30 anos que o casal envelhece ali. Ele se distrai cortando madeira de dia e vê o noticiário à noite. Ela começou a costurar depois que se aposentou do hospital. Era enfermeira e viu muitas dores, mas também embalou muitos sonos tranquilos e transmitiu a paz de maresia que embargava seus olhos aos libertos da maca. As aposentadorias cobrem as contas básicas e sobra um tantinho pra uma poupança que Billy gosta de engordar aos poucos. Com o troco que ganha costurando, Marie acabou de comprar uma namoradeira nova para a varanda do lado. É dali que ela escuta as histórias que Billy traz da cidade e ri dele reclamando da política.
Os dois filhos foram morar no continente e mandam presentes engraçados para facilitar a vida dos dois. Um cortador de legumes automático, uma furadeira mais leve e mais rápida, tocadores de música, câmeras e fotos, as únicas coisas que saem dos embrulhos para enfeitar as paredes de madeira.
Um dia desses, andando na praia, o casal recebeu uma proposta de venda milhonária da casa. Um grupo empresarial de renome ofereceu o sonho de construir ali um hotel paradisíaco, com piscinas gigantes, quartos monumentais e serviços refinados. Marie não ouviu direito, estava olhando um barco a vela que passava na linha do horizonte. Billy agora se diverte esticando o prazo pra pensar e prometendo um dia ir jantar na vila com o empresário, um menino magrelo que parece sempre sufocar pelo nó da gravata de seda.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Pra ver
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
*
Não sei no que vai dar as Olimpíadas no Rio, mas me emocionei com a divulgação do resultado. Acompanhei ao vivo, torci e vibrei. Sentimentos coletivos e nacionalistas realmente me tocam. Espero que seja muito bom e espero estar lá!
*
Pra informar: meu irmão quebrou a cara (levou um chute de capoeira). Esperou desinchar e vai operar amanhã pra colocar o zigomático no lugar (o osso mais alto da maçã do rosto). Tá tudo bem, ele tá bem, ficou em casa esperando e é provável que fique só um ou dois dias no hospital. Depois, vai ficar um tempo em casa se recuperando. Tô avisando porque sempre acho que quanto mais gente torcendo por ele, melhor.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Do alto
Fui lá com amigos queridos e entramos numa lojinha comum nesse tipo de lugar: cristais, bonecos de duendes, pulseirinhas hippies etc. Um cartaz dizia: "Oráculo Maia", e a simpática dona da loja, Nega, nos ofereceu a leitura. Pensei que era golpe, mas era grátis e não custava nada tentar, né?
Um amigo foi primeiro e, entre as explicações que já não lembro, Nega lhe recomendou trabalhar com cura pelas mãos, que era uma forma de ajudar o universo e evoluir. Fiquei animada. O oráculo poderia me dar uma dica do que fazer da vida. Mas chegou minha vez e fui informada que minha evolução é pelo autoconhecimento.
Confesso que fiquei frustrada. É claro que eu queria uma dica mais prática, um caminho certo a seguir. Mãos, palavras, arte, números... quais instrumentos usar? Autoconhecimento é um troço amplo e vago, já que acredito que cada ser aqui carrega um universo em si. Mas por recomendação do universo ou tendência natural, venho tentando conhecer essa pessoa que sou eu mesma e muitas outras. Em uns dias tenho mais intimidade, noutros desconheço, amo, me irrito, canso, mas já vi que não posso mesmo desistir. Um dia chego a uma sintonia mais fina com o cosmos. Até lá, terapia, conversas, escritos, fotos e música vão abrindo caminhos.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Saiba
Para trazer à tona: homem-rã
Para a melhor azeitona: Ibéria"
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Sopro
domingo, 6 de setembro de 2009
Leve adiante
*
Esses dias pra tras fiquei com medo de entrar em depressão de novo. Essa doença é como uma sombra que ora te engole, ora se afasta, mas está sempre ali grudada no seu pé, à espreita. Mas não era depressão, eu estava apenas muito triste, e ficar encolhida, dormir demais, chorar um tanto é o meu jeito de lidar com isso. Não é transtorno. Passou, Deus salve a terapia, os amigos, o chocolate e o tempo, mesmo que curto, que passa e a gente consegue respirar.
*
Voltou minha vontade de revolucionar o mundo. E acho que isso se resume, por enquanto, em emagrecer, cortar o cabelo, virar uma dançarinha de verdade e passar num concurso e/ou arrumar uma forma de ganhar mais dinheiro. Ser mais organizada também viria a calhar. Essa segunda é feriado, então, terça-feira começo. Quem bota fé, por favor, envie telepaticamente pra mim. Muito obrigada!
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Uma pedra no meio da tecnologia
Eu insito em procurar lógica nas coisas do mundo, mesmo sabendo que não há. Pensem comigo: tecnologia bluetooth. Eu não sei mexer muito bem (ou quase nada). Mas ontem, finalmente, consegui que eu pc aceitasse um arquivo do meu celular. Tava indo tudo bem, aí o ícone do treco blue sumiu. Como assim???? Sumiuuuuuuuu!!!
Aí fiquei procurando por todo o pc e descobri que o drive estava incompatível e precisava ser reinstalado. Isso eu até aceitaria se não tivesse funcionando antes! Então a droga é compatível pra 3 fotos e não pra 4, 5...? Confuso, né? Mas foi assim.
Então prometo que hoje pego o cabo, transfiro os arquvos e mostro a florada dos ipês, a folga da Belinha, o prédio cabuloso e os fogos de artifício. Aguardem hein!? Uhu
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Diário
º
º
Pra quem eu ainda não contei: mudei de trabalho. Saí da Agecom/Tv Brasil Central e agora trabalho da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Parece estranho a troca, já que eu reclamava, mas adorava a tv. Mas mudei por causa de um sonho dourado: final de semana livre. E mais: feriados livres. E mais? Bem, ainda estou descobrindo os mais e menos de ter vindo pra cá. Chorei um monte ao sair da tv, mas me pareceu a decisão certa por um monte de blablablás da minha cabeça. Meu coração tá lá no telejornal ainda. Foram dois anos e meio de muito trabalho, raiva e stress, mas de tantas coisas boas que doeu deixar pra tras. Fiquei feliz por ter deixado a porta aberta. Se me arrepender eu posso voltar, isso me tranquiliza.
º
º
Ontem eu e Fernanda fomos nos despedir da Lili, amizade que não perde a validade e o gosto com o tempo que a gente fica sem se ver. Ela agora vai pra Campinas SP e pode até ser que a gente se veja e se fale mais com isso. Por que era tão difícil a gente se encontrar morando na mesma cidade? Não sei, viu. Faltou esforço das três. Mas queria mesmo dizer aqui que gosto demais de você, dona Liliane, e espero que seja lindo lá na outra cidade, junto do "maridinho". Que você arrume um trabalho bom e monte uma casa bem confortável pra gente ir te visitar! Ah, e siga o líder e vire "Liliane, aquela que se faz presente".
º
º
Ainda não deu tempo de dar barraco com a informática e lutar por uma senha liberada no trabalho novo. Por isso, tô atualizando isso aqui por email. Chegando em casa eu leio os blogs amigos, prometo.
º
º
Estou esperando minha amiga cobaia tomar uma tal de pholiamagra por um tempo. Se ela ficar magra e feliz, arrisco. Dizem que essa é a nova sensação do mundo "me salve da gordura!". Veremos...
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Os ofendidos
O fato é que esqueci por um tempo, mas adoro Skank. A energia dos shows, as músicas "baladinha", as letras inusitadas, a simpatia do vocalista de sempre ter um comentário sobre o futebol daqui... Mas o que é mais legal mesmo é que meus amigos também gostam da banda, não é mais um gosto solitário que cultivo. No show de sábado, formamos um velho trio que anda raro. Não somos mais da turma do gargarejo do palco, mas ainda somos um dos mais animados fãs.
Pra me redimir com os mineiros, cometi o crime de baixar o cd. Como desculpa, tem o fato do show ter sido caro (porque ou você bebe ou fica no pior lugar do mundo) e do cd ser caro (pra falar a verdade, eu não sei quanto custa, mas baixar é de graça). Posso não ter dado o lucro da venda do disco, mas prometo que no próximo show estarei lá cantando até as músicas novas!
domingo, 26 de julho de 2009
A dádiva de não precisar madrugar amanhã
Sábado retrasado, estava esperando uma amiga e fui dar uma volta na livraria do shopping. Saí de lá com quatro livros e gastei R$ 33. Incrível , não? Li o primeiro: "Para sempre - amor e tempo", de Ana Maria Machado. Escrita boa, história nem tanto. Mas valeu.
O segundo foi esse, que terminei hoje. E adorei! Denso, personagens apaixonantes, momentos de medo e amor, drama bem feito e uma ótima escrita. Fica a pergunta: Leu, tia Isabel? O que achou?
Faltam dois livros agora (fora a pilha antiga): Helena, de Machado de Assis (o Einstein das letras, pra mim) e Dicionário do Séc. XXI, que comprei mesmo só pra folhear de vez em quando. Na pilha antiga e, também, recente, estão "Grande Sertão Veredas" e "Manuelzão e Miguilim", de Guimarães Rosa, e "A Viagem de Théo" (sei não o autor).
Sobre Guimarães Rosa, chorei tanto com Miguilim (com tristezas da história e o encantamento da beleza) que não estou pronta ainda pra tal magnitude. Sou assim com coisas grandiosas. Admiro e respeito, mas não é sempre que estou pronta. Já passei por isso com Clarisse Lispector. Por isso resolvi me respeitar e pedi o outro emprestado, mas estou achando chato. Só quero terminar porque é de um amigo, e acho muito feio devolver livro sem ler, principalmente quando a pessoa que te emprestou tem um carinho pela tal encardenação.
Agora de madrugada, sem a companhia das personagens que estavam comigo antes, resolvi alimentar um pouco meu quase abandonado Flickr http://www.flickr.com/photos/agatha/ e ler um pouco de blog, twitter e etcs. E relembrei também que gosto de Radiohead. Marcelo Camelo cantou mais cedo.
Amanhã começa de verdade a semana e os vários planos tomam novo fôlego. O principal é malhar de maneira regular. Vaidade e saúde, duas coisas absurdamente importantes no momento (se não for sempre). Quero decidir também, se pinto ou não o cabelo. E olha que ganhei o salão de brinde no trabalho. Estou quase certa do que fazer, só me falta ligar e marcar.
No mais, cuidar da casa, da vida, de mim e dos que eu gosto, amo e/ou preciso. Tem um ventinho de otimismo entrando pela janela e não pretendo fechar. E amanhã ainda estou livre do despertador das 7h, o que é quase uma garantia de bom humor na segunda!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Apesar da terapia, dos remédios, do otimismo, boas energias e etc, sempre vai chegar um dia assim: chatinho. Dia sem muita simpatia, com pouco esforço. Porque é só um dia. Amanhã deve passar. Aí se passar de uma semana eu vou me preocupar. Mas por agora não, deixa.
Hoje eu tô me sentindo deslocada. Uma pintura renascentista fora de moda. Um modelo para os museus, não para as ruas nem outdoors. Já me falaram que eu pareço as mulheres dos quadros da renascença. Mas foi há tanto tempo, que pena...
Acho chato fazer mais um post melancólico reclamando da vida. Mas isso, so sorry, faz parte de mim. E foi só hoje que consegui sentar num computador bom o suficiente pra abrir o blog. Em casa, estou evitando ligar o meu pra não agravar minha tendência às lesões. Ando lendo muito, tentando escrever um pouco, limpando casa, cozinhando um pouco, vendo amigos... Seguindo os dias que, querendo ou não, se seguem um após o outro até o infinito (ou até 2012, vai saber). Aos que ainda vem aqui, muito obrigada. Esse final de semana vou ter mais tempo e recursos pra ler outros blogs, bater papo e aproveitar o lado bom desse mundo internético. Até!
segunda-feira, 13 de julho de 2009
25+
Eu tento pensar como minha mãe. Quando alguém exclamou: "Ê, Agatha, mais um ano, hein!"
E minha mãe disse: "Ainda bem!"
É, ainda bem. Porque a vida é uma dádiva com ou sem crises de idade. E aprendi muita coisa nesse tempo, mudei, cresci, piorei... tudo que todo mundo faz com o tempo.
Mas ainda me sinto descompassada. Deveria ter feito mais, ser mais, sei lá. Eu sei, eu sei... Em muitos pontos eu tô bem para a minha idade. Mas em outros eu sinto que perdi o bonde.
Eu ainda tenho espinhas, tenho dúvidas e problemas que não combinam com uma adulta, segundo, é claro, minha opinião. Quando eu era criança, achava que ser adulta era algo tão natural como crescer e envelhecer, e ainda não me acostumei com o fato que não é automático. A seriedade, responsabilidade e segurança são conquistas árduas que eu não sei se alcanço até a velhice.
E sei que não adianta reclamar e tenho que correr atrás do que me falta. Estou tentando, pessoas, já dei os primeiros passinhos. Tenho que me lembrar do pânico de ser a "colega do lanche", uma personagem real que um dia chegou na copa do trabalho desanimada e arrastando os sapatos. A tia da copa perguntou:
_Uai, colega, o que foi?
E ela suspirou fundo e falou: _Ah, fiz 30 anos. Fazer o que?!
E eu pensei: "Ué, ou você vive ou se mata, porque aí vão dizer que você morreu jovem! "
No alto da crueldade do meu pensamento, eu não imaginava que poderia ser eu ali, daqui a pouco. Eu quero aquela e muitas outras idades. Quero viver muito! Mas preciso cuidar para renovar sempre o mesmo desânimo.
ps: Foto da vista da minha janela.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Mota
segunda-feira, 29 de junho de 2009
* Vontade de mudar. Não de casa, por agora não. Me mudar. Ser melhor, fazer coisas diferentes, parecer diferente... Hoje vou arrumar e rever meu guardarroupas (ê reforminha ortográfica feia). Em tempo: aprender a valorizar os pontos fortes do meu corpo (do jeitinho que ele é), ao invéz de só tentar esconder os defeitos.
* Foi lindo, gente! Dancei esse sábado, deu tudo certo, família e amigos acharam lindo, aplaudiram, fomos comer pizza para comemrorar meu talento! hehe Depois coloco umas fotos aqui.
* Agora que passou a dança, preciso fazer algo com o resto do ano e, ai ai, como resto da minha vida. Estudar pra um concurso melhor, cuidar da saúde, malhar direito, planejar viagens... Aproveitar a vida, né?
segunda-feira, 15 de junho de 2009
domingo, 31 de maio de 2009
Balanço
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Wardah Festival 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Saber do perigo não te previne dele
Eu já parei de pensar nele todos os dias e o tirei do meu altar de adoração. Destruí os ideais românticos causados por aqueles olhos nos meus. Parei de sonhar e analisei friamente a realidade. Sei que, sem querer ou não, ele é um canalha filho da puta. Que adora a cara de boba que todas fazem. Que usa os corações partidos pra inflar seu ego. Que coleciona admiradoras. Sei de tudo, eu sei. Mas toda vez que o vejo, uma única certeza grita em meu peito : Eu quero ! Eu quero ! Eu quero !!!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
41 x 1 x ?
Hoje completei 40 árvores no Click Árvore http://clickarvore.com.br
No começo, essa paisagem aí era apenas um morro deserto, com sol insólito. Hoje já pode ser considerado um bosque, hein? Se estivessem todas juntas, já era uma pequena reserva. Mas funciona assim: eu vou lá no site e os patrocinadores doam 1 árvore para os projetos de reflorestamento pelo país.
Uma vez peguei uma muda que um shopping estava distribuindo e doei pra uma pracinha aqui perto do trabalho.
Eu não lembro de ter plantado alguma árvore pessoalmente (os feijões no algodão na escola não contam, né?), mas meu ativismo online e minha plantação indireta na pracinha já valem né? Indiretamente, já plantei 41 árvores. Escrevi um livro (que foi publicado por mim numa impressão caseira e encadernado numa xérox qualquer. Depois, foi passado de mão em mão entre família e amigos, um sucesso de público e crítica). Agora só falta o mininu.
Consegui não entrar em crise ao saber que uma pessoa está grávida e com a visita fofa da Fernanda com o João Gabriel. Mas estou absolutamente triste com os homens. Triste mesmo, cansada. E me disseram que a culpa é minha e deve ser verdade. Na falta de destreza, irmãs, oremos.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Quase maio
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Onde vende Bom Senso?
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Acordo
Mas era impossível não ver que Nara estava triste. Subir de novo naquele elevador era doído demais, e não fazia idéia de como seria ir até o sétimo andar, parar em frente ao 704 sem chave e tocar a campainha. Lembrou-se do dia em que ele lhe deu a cópia da chave, lembrava de ter entrado ali nos braços dele, das sacolas semanais de supermercado, das vezes que tocava a campainha pelo simples prazer de levantar a dúvida do "quem será", lembrava de tudo.
Parou à porta e pensou em descer correndo as escadas, mas respirou fundo e tocou a campainha. Nada. Tocou a segunda vez desejando ardentemente que nada continuasse, mas ele veio correndo e abriu a porta de toalhas. Ficou surpreso ao vê-la. "Você?", a expressão de total desentendimento era pior que uma surpresa desagradável.
_Você esqueceu?
_Ah, desculpe Nara, a gente tinha marcado?
Aquilo doeu mais que a separação. Marcaram há uma semana o encontro para assinar os últimos papéis que diziam deles marido e mulher. Ela passou a semana se preparando para isso, duas sessões de terapia, conversas de apoio com os amigos, artigos de revista e até um programa de tv que achou encorajador. E ele esqueceu.
Falando muito baixo para não demonstrar a confiança desmoronando, ela disse muito baixo:
_Os papéis.
Ele bateu na testa e pediu mil desculpas: Entre, entre.
Sentou como visita naquele sofá que ela comprara enquanto ele se apressou para vestir uma roupa. Devia estar entrando no chuveiro quando ela chegou, pois estava suado e com o cabelo em rebeldia.
Voltou pouco depois com uma bermuda e camisa amassada. Sempre tão desorganizado, como estaria se virando sozinho? Olhou ao redor e viu que a sala estava impecavelmente arrumada. Tinha um cheiro bom. Seus objetos estavam nos mesmos lugares. A decoração era exatamente a mesma e Nara imaginou que ele sempre gostou mesmo daquilo tudo e por que desmancharia uma sala tão bonita? Devia servir para encantar as mulheres que ele levava para lá. Seu apartamento virou um matadouro. Vacas, piranhas, cachorras... as imaginava entrando ali e aceitando um drinque. Ele falava qualquer coisa que ela não estava ouvindo, separando os papéis de uma pilha... a rescisão de contrato com o banco, a transferência do carro que ficara para ela, o acordo sobre o apartamento, algumas correspondências sem importância, um financiamento de uma chácara que ele agora iria assumir... enfim, o fim.
Ele juntou a pilha e colocou na mesinha na frente dela. Saiu para buscar uma caneta, ainda tão desconcertado com a presença dela ali que não achava nada com facilidade. Ela perguntou, tentando ser casual:
_Não está trabalhando hoje?
Ele ficou ainda mais perdido. _Me atrasei agora à tarde, daqui a pouco vou lá.
Ela não teve o trabalho de imaginar com que ele se atrasara, tinha mais coisas para sofrer no momento.
Quando finalmente tinha a caneta e Nara se preparava para assinar os papéis, ouve uma voz lá de dentro: _Amor, viu meu celular?
E uma jovem estonteante entra pela sala seminua e ainda suada. Pior que o choque de ver o motivo de um atraso para o trabalho foi ver a intimidade que ela tinha na casa. Procurava nas gavetas e por cima da mesa, quando entrou no sofá, viu Nara e fez aquela cara de "Ué?". Marco Aurélio perdeu a cor. A moçoila pediu perdão, que não sabia que ele tinha visitas, que voltaria ao quarto, com licença, até logo, tchau.
Nara estava estática. Teve medo de começar a chorar, mas não precisou se controlar. Era um baque surdo que atingia seu estômago e a deixou paralisada. Levantou devagar e andou pelo ambiente. Não tinha notado os porta-retratos com o novo casal. Foi à cozinha e a comida era toda light diet naturella. Dela. Um batom jogado, uma bolsa ao acaso. Ela morava ali.
_Me desculpe, Nara, eu não queria que você tivesse visto isso. Não queria magoar você, poderia ter sido mais sutil.
Ela escorregou numa cadeira e falou: Tudo bem.
Ele se apressou: _Toma uma água, vai te acalmar, me desculpe.
Deu a ela o copo gelado e correu ao quarto, não para brigar pela inconveniência, mas para falar desculpa amorzinho, pensei que fosse ser mais rápido, te deixei esperando, beijinho, beijinho, já volto, te amodoro princesinha.
Encontrou Nara de pé no meio da sala de estar. Tinha uma faca na mão.
_Calma, Nara! O que é isso! Você não vai fazer nenhuma loucura, não é?
Ela indicou com a faca uma poltrona: Senta aí.
Trêmulo, ele obedeceu.
Ela pegou um objeto na estante. Caro, refinado, de bom gosto.
_Eu comprei isso aqui.
E pá, no chão. Ele tremeu e falou: Narinha, o que é isso?
_Narinha é sua avó e você vai ficar calado.
Pegou outro objeto e de novo pá. Pá pá pá pá pá. A estante inteira.
Ele quis correr, mas teve medo.
_Você deu uma desculpa esfarrapada de crise existencial pra acabar um casamento de oito anos e tem uma vagabunda da minha casa? Desfrutando da decoração que eu fiz? Do conforto do meu lar?
E destruiu a sala numa velocidade assustadora, quase ninja. Marco Aurélio correu pra acalmar seu benzinho assustado e pensaram em ligar para a polícia, mas ela tinha cortado o fio do telefone. O porteiro, mas o fio do interfone também.
O celular dele estava mais perto de Nara, era muito arriscado. O dela ela não achou.
Nara encarou o casal e mandou: Sentem aqui e fiquem quietos. Suas vidas não correm perigo.
Em pânico, obedeceram.
Ela foi à cozinha e quebrou tudo o que pode lembrar que ela mesma comprou, os pratos que lavou durante anos, a panela de fazer a farofinha do maridinho virou aço inox pela janela!
E quebrou no banheiro, no quarto e corredor tudo que ela tinha posto ali para decorar e ser útil ao lar feliz que achava ter construído.
Deixou o resto porque estava mesmo velho, e ela não queria mais os lençóis que dormiram abraçadinhos e não queria mais nada além do dinheiro dele. Uma viagem, uma lipo, um amante. Ele ia pagar tudo, jurou.
Voltou à sala ele estava explicando para o 190 o que estava acontecendo. Ela pegou o celular dele e jogou pela janela. Ainda viu de relance que a foto na tela era dos dois juntinhos.
_Escute aqui, imbecil: eu não assino papel nenhum e você agora fala com meu advogado. Prepare o bolso. Quero até o último centavo.
Saiu batendo a porta e teve uma crise de riso no elevador. Foda-se a terapia, foda-se o consolo dos bons amigos. Ela agora era vingança, ganância e sede de viver. Isso merecia um Bloody Mary. Libertador.
*texto de outubro de 2007. Reencontrei por acaso. Minha tia adorou =)
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Semana Santa
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Logo depois, um carro atrapalhava todo mundo fazendo curvas erradas e freando em momentos impróprios. O preconceito provoca: "aposto que é mulher!". Sim. Mas um detalhe mudou tudo para mim: ao lado dela, um cachorro operado. Um simpático rotweiller com aquele imenso cone na cabeça.
E por falar em novela...
quarta-feira, 25 de março de 2009
Volts
segunda-feira, 16 de março de 2009
Plano
sexta-feira, 13 de março de 2009
Por onde andei?
terça-feira, 10 de março de 2009
A Hora do Planeta
Então olha só: próximo dia 28 uma galera do mundo vai desligar as luzes pra pensar no planeta em que vivemos e, a saber, é o único disponível pra gente morar. Então se você odeia as eco-coisas, so sorry. Mas se vc acha o máximo uma mobilização mundial, vê lá no site se vale a pena se empolgar com essa. Até dia 28 decido. E quem sabe até lá aprendo algo sobre html.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Eu tinha parado de ler e acreditar em horóscopo. Não por desaceditar na astrologia, a falta de crédito era dos sites e jornais. Aí uma amiga me falou do Esotérico do Terra. E agora leio as previsões para meu signo e ascendente todo dia. Se for tudo falso, tudo bem. Os conselhos são muito bons. Em uma semana, o horóscopo já me sugeriu parar de procurar pêlo em ovo, buscar mais minha espiritualidade, ficar perto de amigos queridos e manter os pés no chão. Por astros ou bom senso, tenho tentado seguir.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Pedidos de Natal para uma quarta-feira
* Casa auto-limpante
* Confort food que não engorda
* Colo da mamãe
* Um filho, um marido, sei lá... outra vida
* Mais esperança no futuro
* Determinação em cápsulas
* Vento aqui na sala ou internet lá no vento
* Delete das memórias ruins que andam me assombrando
* Tecla sap pros sonhos
* Conversar com a Lídia
* Uma companhia pra um vinho na varanda
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
De terça pra quarta-feira
mas tem dias, tem fases lunares, tem hormônios e tem um monte de coisa que você não sabe lidar. Tem a idade dos documentos que não combina com a do seu cérebro. Tem a sensação de cansaço. E mesmo sabendo que é você que faz seu mundo girar, queria que alguém viesse te resgatar.
vá escovar os dentes e reconheça as dádivas que tem. o amor da sua mãe que nunca falha. o telefonema inesperado de quem você achou que não se importava. a ajuda preciosa da sua melhor amiga. os olhos sábios e o carinho da que chamam de irracional. a cama grande que vai te acolher e a capacidade de sonhar, mesmo que não seja agora.
boa noite!
domingo, 8 de fevereiro de 2009
De luz e de sombra
_Não há mais vida, ele a disse por final. Assim se falaram pelo que parecia a última vez.
Lorraine foi agarrar sua felicidade e Miguel se arrastou pelo tempo, chorando, mal comendo, pouco falando, carregando aquele pesar como uma cruz. Até que, aos poucos, foi voltando ao rapaz calmo e alegre, embora sem aquele brilho e vitalidade típicos da juventude.
Foi Lua Clara que lhe iluminou de novo a vida, jogando seus raios de amor com resignada paciência até lhe amolecer a couraça da desilusão. Começaram a namorar e ele parecia finalmente feliz depois de todo esse tempo. Faziam planos, piqueniques e eram a coqueluxe da cidade. "Que casal bonito!" "Ah, Miguel, como é bom te ver assim!"
E os dois seguiam de mãos dadas e corações cheios.
Lorraine ficou sabendo das boas novas e se disse aliviada, enfim ele me esqueceu. Mas aquilo mexeu com seu ego, pois perdera o posto de para sempre amada. Estava feliz como Senhora Feitosa, sim. Mas ter um eterno apaixonado era um luxo que acostumou-se a ostentar.
Mesmo se a cidade fosse grande, é certo que o mundo é pequeno e os ex-namorados acabaram por se encontrar casualmente. Miguel voltava para casa pelas margens do bosque e Lorraine saia da casa de uma tia. Pararam, se olharam e ele concluiu que a educação era suficiente para segurar a pontada da dor que andava esquecida.
_Bom dia, Lorraine!
Sem calcular a medida da maldade, ela se armou de seu melhor sorriso, aquele que sempre o fez fraquejar nas pernas:
_Bom dia, Miguel. Que bom te ver!
_Digo o mesmo. Como vai?
Sim, ele ainda se abalava, mas um pouco menos do que ela esperava.
Conversaram um pouco sobre amenidades, as famílias e o cotidiano. Como ele ameaçava se despedir, ela não pode perder a chance e provocou:
_Soube que você está namorando e incrivelmente apaixonado.
Conhecendo bem aquele tom, ele fechou a cara e foi sutilmente ríspido.
_Sim, estou muito bem com ela. Espero que você e seu marido estejam felizes.
_Ah sim, obrigada. Não vês, Miguel, eu te disse...
_Perdão... como assim?
E com um afetado jeito debochado, ela falou:
_Eu te disse que você estava exagerando quando terminamos. Que dramático você me dizer "não há mais vida"!
Muitos nunca se conformaram de só poder imaginar o início dessa conversa. O desfecho virou um clássico da cultura local que cada testemunha tratou de acrescentar detalhes exclusivos. Enquanto esganava Lorraine, Miguel gritava enlouquecido palavras confusas. Entre elas, puderam entender "como ousas, vil desalmada" e a promessa de que ela iria conhecer o inferno. Muitos diziam que foram proferidos os nomes mais feios do mundo. Era mesmo difícil entender algo com ele aos berros, ela grasnando e outras pessoas que gritavam em vão que ele a largasse e, ao não conseguir, "socorro, acudam!" Foi com a força de quatro homens que livraram Lorraine da morte e Miguel da cadeia.
Quando os separaram, Lorraine custou a respirar, mas juram que haviam um quê de sorriso em seus lábios. Ao desistir de se queixar com o delegado, parecia ter algo a mais que bondade em seu gesto nobre.
Arrasado e jurado de morte, Miguel arrumou suas malas e fingiu não ouvir as acusações que lhe gritavam. Profundamente envergonhado de si, procurou Lua Clara esperando sua condenação, mas ela ouviu toda a história e, muito calmamente, juntou uma trouxa e segurou a mão do amado. Nunca mais foram vistos, mas por cartas mandava sempre boas notícias.
Lorraine ficou famosa na cidade. Alguns diziam ver as marcas das mãos de Miguel em seu pescoço por anos, outros diziam que a violência do amor lhe engrandecera. O certo é que a paixão violenta lhe deu status de musa, e até seus netos a olhavam com uma admiração nova quando ouviam a história. De vez em quando, a viam pensativa e suspirando "coitado", mas ninguém lhe pedia explicações. Sua alma dramática fora alimentada por uma vida e sua plenitude não podia ser descrita por palavras, apenas percebida com o olhar.