quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Por que o leão é considerado o rei dos animais?
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Lá de lá
Minha irmã mais nova, querida Faena, tornou-se uma arquiteta. Meu primo tá se formando em Fortaleza. Minha prima vai casar. Outros dias ficaria triste por estar tão longe, mas hoje tenho certeza que sobreviveremos a distância e nossas vidas não se perderão umas das outras. Temos o orkut, temos as fofocas de família, temos as voltas que o mundo há de dar. O tempo certo vem.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Ele simplesmente não está a fim de você
"Doeu? É para doer mesmo. Foi forte demais? A intenção era essa."
Nunca li esse livro. Não sei se é bom, não tenho a intenção de comprá-lo. Mas sua capa me ensinou muito (vejam que desastre de marketing, o consumidor aprende ao ler a capa e não compra o produto!). Toda vez que me interesso por um carinha, fico armando mil estratégias pra encontrá-lo, traduzo os sinais (dos mínimos aos óbvios) como provas do interesse dele, me encho de esperança e... bem, na maioria das vezes, nada acontece. O "Sr. Fulano Bola da Vez" simplesmente não faz nada, ou continua fazendo pequenas gracinhas, sem o tal passo "a mais".
Para as moralistas de plantão que me conhecem, afirmo que o "Sr. Fulano Bola da Vez" não é aquele que faz-gracinhas-mas-tem-namorada. E também não vou dizer quem é porque não há nada pra dizer. Hoje, a frase título desse post caiu como uma luva para responder a falta de notícias dele. E, é claro, como percebi isso, eu o odeio.
Ok, odiar é forte demais. Eu não o odeio e nem me odeio por ter me interessado por ele. Mas o desperdício de energia, tempo e pensamentos é algo a se lamentar. Se eu pudesse pedir algo ao cosmos, pediria pra só me interessar por sujeitos que valessem a pena. Tá... sei que é demais. Mas queria mesmo não me interessar pelo primeiro que me trata bem e me dá um quê de atenção especial. Eu, que sou uma mulher razoavelmente inteligente, não entendo como posso sempre entender tudo errado. Então aquele abraço não significou nada? Aquelas perguntas sobre um assunto que só eu gosto, aquele sorriso ao me ver, aquele aperto brincalhão, as especulações sobre o que se passa no meu coração... Tudo era nada? Não consigo entender.
Será que interesse mútuo é algo raro demais pra acontecer comigo? Quais sinais realmente indicam que ele "tá querendo"? Como separar uma brincadeira inocente de um comentário com segundas intenções? Juro que trocaria algumas de minhas habilidades (são muitas) para entender um pouquinho mais desse assunto. Estar sempre perdida nessa área é realmente cansativo e o pior: nada produtivo.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Por esses dias...
domingo, 28 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Acordo
Mas era impossível não ver que Nara estava triste. Subir de novo naquele elevador era doído demais, e não fazia idéia de como seria ir até o sétimo andar, parar em frente ao 704 sem chave e tocar a campainha. Lembrou-se do dia em que ele lhe deu a cópia da chave, lembrava de ter entrado ali nos braços dele, das sacolas semanais de supermercado, da reforma interminável, dos jantares românticos, lembrava de tudo.
Parou à porta e pensou em descer correndo as escadas, mas respirou fundo e tocou a campainha. Nada. Tocou a segunda vez desejando ardentemente que nada continuasse, mas ele veio correndo e abriu a porta de toalhas. Ficou surpreso ao vê-la. "Você?", a expressão de total desentendimento era pior que uma surpresa desagradável.
_Você esqueceu?
_Ah, desculpe Nara, a gente tinha marcado?
Aquilo doeu mais que a separação. Marcaram há uma semana o encontro para assinar os últimos papéis que diziam deles marido e mulher. Ela passou a semana se preparando para isso, duas sessões de terapia, conversas de apoio com os amigos, artigos de revista e até um programa de tv que achou encorajador. E ele esqueceu.
Falando muito baixo para não demonstrar a confiança desmoronando, ela disse muito baixo: _Os papéis.
Ele bateu na testa e pediu mil desculpas: Entre, entre.
Sentou como visita naquele sofá que ela comprara enquanto ele se apressou para vestir uma roupa. Devia estar entrando no chuveiro quando ela chegou, pois estava suado e com o cabelo em rebeldia.
Voltou pouco depois com uma bermuda e camisa amassada. Sempre tão desorganizado, como estaria se virando sozinho? Olhou ao redor e viu que a sala estava impecavelmente arrumada. Tinha um cheiro bom. Seus objetos estavam nos mesmos lugares. A decoração era exatamente a mesma e Nara imaginou que ele sempre gostou mesmo daquilo tudo e por que desmancharia uma sala tão bonita? Devia servir para encantar as mulheres que ele levava para lá. Seu apartamento virou um matadouro. Vacas, piranhas, cachorras... as imaginava entrando ali e aceitando um drinque. Ele falava qualquer coisa que ela não estava ouvindo, separando os papéis de uma pilha... a rescisão de contrato com o banco, a transferência do carro que ficara para ela, o acordo sobre o apartamento, algumas correspondências sem importância, um financiamento de uma chácara que ela agora iria assumir... enfim, o fim.
Ele juntou a pilha e colocou na mesinha na frente dela. Saiu para buscar uma caneta, ainda tão desconcertado com a presença dela ali que não achava nada com facilidade. Ela perguntou, tentando ser casual:
_Não está trabalhando hoje?
Ele ficou ainda mais perdido. _Me atrasei agora à tarde, daqui a pouco vou lá.
Ela nem se perguntou o motivo do atraso dele, estava mais ocupada em sofrer no momento.
Quando finalmente tinha a caneta e Nara se preparava para assinar os papéis, ouve uma voz lá de dentro: _Amor, viu meu celular?
E uma jovem estonteante entra pela sala seminua e ainda suada. Pior que o choque de ver o motivo de um atraso para o trabalho foi ver a intimidade que ela tinha na casa. Procurava nas gavetas e por cima da mesa, quando entrou na sala, viu Nara e fez aquela cara de "Ué?". Marco Aurélio perdeu a cor. A moçoila pediu perdão, que não sabia que ele tinha visitas, que voltaria ao quarto, com licença, até logo, tchau.
Nara estava estática. Teve medo de começar a chorar, mas não precisou se controlar. Era um baque surdo que atingia seu estômago e a deixou paralisada. Levantou devagar e andou pelo ambiente. Não tinha notado os porta-retratos com o novo casal. Foi à cozinha e a comida era toda light diet naturella. Dela. Um batom jogado, uma bolsa ao acaso. Ela morava ali.
_Me desculpe, Nara, eu não queria que você tivesse visto isso. Não queria magoar você, poderia ter sido mais sutil.
Ela escorregou numa cadeira e falou: Tudo bem.
Ele se apressou: _Toma uma água, vai te acalmar, me desculpe.
Deu a ela o copo gelado e correu ao quarto, não para brigar pela inconveniência, mas para falar desculpa amorzinho, pensei que fosse ser mais rápido, te deixei esperando, beijinho, beijinho, já volto, te amodoro princesinha.
Encontrou Nara de pé no meio da sala de estar. Tinha uma faca na mão.
_Calma, Nara! O que é isso! Você não vai fazer nenhuma loucura, não é?
Ela indicou com a faca uma poltrona: Senta aí.
Trêmulo, ele obedeceu.
Ela pegou um objeto na estante. Caro, refinado, de bom gosto.
_Eu comprei isso aqui.
E pá, no chão. Ele tremeu e falou: Narinha, o que é isso?
_Narinha é sua avó e você vai ficar calado.
Pegou outro objeto e de novo pá. Pá pá pá pá pá. A estante inteira.
Ele quis correr, mas teve medo.
_Você deu uma desculpa esfarrapada de crise existencial pra acabar um casamento de oito anos e tem uma vagabunda da minha casa? Desfrutando da decoração que eu fiz? Do conforto do meu lar?
E destruiu a sala numa velocidade assustadora, quase ninja. Marco Aurélio correu pra acalmar seu benzinho assustado e pensaram em ligar para a polícia, mas ela tinha cortado o fio do telefone. O porteiro, mas o fio do interfone também.
O celular dele estava mais perto de Nara, era muito arriscado. O dela ela não achou.
Nara encarou o casal e mandou: Sentem aqui e fiquem quietos. Suas vidas não correm perigo.
Em pânico, obedeceram.
Correu o resto do apartamento e quebrou tudo o que pode lembrar que ela mesma comprou, os pratos que lavou durante anos, a panela de fazer a farofinha do maridinho virou aço inox pela janela! Quebrou tudo que ela tinha posto ali para decorar e ser útil ao lar feliz que achava ter construído.
Deixou o resto porque estava mesmo velho, e ela não queria mais os lençóis que dormiram abraçadinhos e não queria mais nada além do dinheiro dele. Uma viagem, uma lipo, um amante. Ele ia pagar tudo, jurou.
Voltou à sala ele estava explicando para o 190 o que estava acontecendo. Ela pegou o celular dele e jogou pela janela. Ainda viu de relance que a foto na tela era dos dois juntinhos.
_Escute aqui, imbecil: eu não assino papel nenhum e você agora fala com meu advogado. Prepare o bolso. Quero até o último centavo.
Saiu batendo a porta e teve uma crise de riso no elevador. Foda-se a terapia, foda-se o consolo dos bons amigos. Ela agora era vingança, ganância e sede de viver. Isso merecia um Bloody Mary. Libertador.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Reflexão
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Segunda-feira
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Primavera
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Resumo
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Sobre a escopeta
Ontem fui contar pro Fafá sobre minha sonhada escopeta (post anterior) e ele falou que eu não ia conseguir manuseá-la. Eu disse que treinava, mas ele respondeu que os puliças do Rio treinam e, mesmo assim, não conseguem. Acho que a força do tiro deve me jogar pra trás, se é que eu consigo disparar o tal tiro. Acho que vou ter que trocar de arma (ou estratégia) em busca da paz no trânsito...
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Paz no Trânsito
Irritada com várias barbeiragens dos outros e um engarrafamento enorme no caminho de casa para o trabalho, cheguei à conclusão acima. Sim, eu sei que a cidade cresce desordenadamente, que nunca se vendeu tanto carro zero como atualmente, que o transporte público é uma merda, que as regras do trânsito são complicados, que somos muitos e as vias de acesso são poucas etc etc etc, mas... puta que pariu! Tudo seria menos caótico com o mínimo de bom senso e/ou habilidade de dirigir. Até hoje me pergunto se as pessoas dirigem mal por desleixo, falta de conhecimento ou pura sacanagem. Em muitos casos, tenho certeza, é sacanagem.
Quando eu tiver mais dinheiro, não pretendo trocar de carro imediatamente. Vou comprar uma escopeta para a paz. Um cara me fecha?! Estouro o pneu de trás. Um louco andando a 200 km/h perto de escolas? Os dois pneus. Playboy na Landhover (como se escreve essa p.?) que passa com som estourado disparando os alarmes dos carros estacionados? Quatro pneus, aí espero ele descer do carro e estouro o carro todo (pois é, sem mais mortes no trânsito, por favor!). Além de fazer um favor para a cidade, tenho certeza que estarei bem mais perto de atingir a tão sonhada paz interior.