segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Das Horas

Eis que meu coração dispara às 13h14. Mais uma promessa, mais um lampejo da vibração que eu não posso resistir. Mas eis também o meu maior desafio: saber esperar. Se tudo der certo, não é pra agora, não é pra já. Se der errado é nunca, e isso é ainda pior que tudo. Nas horas do dia, só uma me acalma. A de pisar com força no chão, mesmo não podendo. A de contrariar a prudência e forçar o fôlego. Aquele suor denso que me suja, aquele é o meu prêmio. São os males que jogo fora, pra bem longe do meu corpo. É o peso que eu finalmente não quero mais carregar.

E é só depois, cansada, satisfeita e de missão cumprida, que posso olhar ver na vida um compasso paciente e sábio. Sei que tudo tem sua hora, mas eu ainda preciso correr.