terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Habib

Aumentou o preço. Diminuiu o tempo. Agora, também posso pagar por aulas extra aos sábados. Mas acho que vou reclamar muito pouco. Ontem voltei à aula de Dança do Ventre. A técnica, as amigas, a música, tudo estava lá, no mesmo lugar, mas parecia melhor.
 
Estou um tanto desengonçada pelos meses sem prática. Meu "twist" (uma viradinha com o quadril) está um horror. Mas tudo bem, peguei umas variações novas sem dificuldade. Saí da aula tão empolgada que demorei a ter sono. Como é bom encontrar uma coisa que dá ânimo! Além de prazeroso, é lindo!
 
Volto aos palcos em junho (ha ha). Me aguardem!
 
 
Ps: Alguém em explica, como, meu Deus, como os melhores estúdios de design não estão me disputando aos tapas? Que ilustração fantástica feita em poucos minutos! Uau pra mim! hehehehehehe

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008





Ele chegou e disse enérgico: É hoje. Já pensei em tudo.
_O quê? Hoje!?
_É.
_Mas... você pensou bem?
_Pensei em tudo.
_Mesmo?
_Em tudo, cara! Pensei em tudo! Não há nada que possa acontecer que eu não tenha pensado.
_Se der errado?
O resoluto sorriu desdenhoso. _Ora, meu caro, pode dar errado, pode dar certo. Não me importa mais. Qualquer coisa que acontecer eu já pensei, e nada poderá me surpreender.
Impressionado com tamanha certeza, o amigo deu de ombros. _Que seja!

Pouco mais tarde, ele chegou e disse de uma vez:
_Mariana, estou apaixonado por você.
E ela não fez cara de surpresa ou espanto, não achou ruim, não fez cara de quem já sabia, não achou estranho, não pôs a mão no coração e achou lindo, não disse oh, não me diga, não saiu correndo, não disse que já tinha outro, vamos ser amigos e nem caiu em seus braços dizendo que seria sua pra sempre. Ela sorriu.
Sorriu!
De uma maneira tão nova, tão pura e bela que fez as pernas dele tremerem.
Sem saber o que dizia, ele falou: _Na verdade, eu te amo.
E isso ele não tinha pensado.

É certo que ninguém gosta, mas eu detesto me sentir burra. Não sei o que é gateway padrão, não sei a diferença entre um modem homologado e outro não homologado. Sei que existe, mas não sei mesmo como funciona o tal do IP, que é como o RG do computador (acho). E ontem desligaria o telefone xingando até a avó do atendente que me tratou mal, mas fiquei mesmo desoncertada por ser tratada como estúpida. Eu, que costumo me sentir o máximo em informática porque resolvo dois ou três problemas aqui da redação, tive minha "auto-estima tecnológica abalada". Sorte que meu computador sabe que fazer feliz, apesar de ser um idoso caquético. Reiniciei e tudo voltou ao normal. O tal atendente burro da GVT pode continuar com sua estupidez: eu ainda tenho minha boa fé e meus santos bites protetores.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Procurem a cabeça de burro!

Não sei se essa expressão existe fora de Goiás. Por aqui, costuma-se falar que um local deve ter uma cabeça de burro enterrada quando ele, de alguma forma, dá errado. Seja em diversas falências comerciais, seja pela vida de quem mora lá ou qualquer outra zica. Pode-se culpar a tal cabeça de burro por tudo que é ruim por ali.

Há anos morando no Setor Oeste, passo sempre em frente ao condomínio Porto Ferrara, na mesma rua onde moro. Esse prédio foi um dos muitos edifícios que ficaram inacabados na massa falida da Encol, aquela construtora que foi a maior da América Latina e deixou milhares de pessoas na rua da amargura, literalmente. O Porto Ferrara passou anos com as obras paradas. Os compradores esperaram em vão por uma solução da Justiça. Perderam muito dinheiro, já que o apartamento é de luxo, e quase perderam a esperança e paciência. Por fim, os já lesados cidadãos desenbolsaram mais uma fortuna para terminar a obra do prédio, que andou devargazinho, mas foi concluída.

Passando sempre pelo local, notei que a ocupação foi tímida, mas, por fim, o prédio parecia ter entrado nos eixos e deixado o passado amargurado pra trás. Mas esqueceram da cabeça de burro por ali.

Infelizmente, 2008 começou de uma forma muito triste no Porto Ferrara. Na noite de 04 de janeiro, uma criança de apenas 3 anos morreu ao cair do 12º andar do edifício. Parece que foi uma simples olhada curiosa na varanda do apartamento que causou a tragédia. Não sei como os moradores reagiram, não passei por lá no dia do acidente. Acompanhei a notícia pelos jornais e não me interessei em repercurtir o caso na tv. Não tinha muito mais o que falar. Uma criança cair de uma varanda é realmente muito triste.

A história ficou na minha cabeça e hoje pensei na cabeça de burro. Vasculhem as fundações, deve ter alguma coisa. Um prédio que deveria ser celebrado pela sua ótima localização e pelo maravilhoso apartamento de luxo não deveria ter tanta tristeza reunida em sua breve história.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Post chato de uma doninha de casa

Ontem, fui ao supermercado e levei meu companheiro mp3 player. Sem ele, fica muito difícil fazer compras em paz, principalmente naquele antro. Estava eu escolhendo cenouras quando vi uma pequena aglomeração em torno de um home theather: Celine Dion berrava a plenos pulmões "I´ll be waaaaaaaaiting for youuuuuuuuuu". Eu, com Arnaldo Antunes no ouvido, olhei para os que assistiam ao show de Celine e pensei "pobre humanidade"!
*
Por falar em supermercado, estou quase me convencendo que o Extra não é caro. Pelo ambiente que se encontra lá, talvez seja até barato. O problema é que eu não topei pagar, então fui no Moreirinha (Gente da Gente, 100% Goiano - que maravilha se slogan!). Olha, podem me chamar de fresca e preconceituosa, mas aquilo ali é tétrico, um horror!
 
Para se chegar às verduras e frutas, você atravessa jeans, dvd´s, perfumaria e um tantão de coisas promocionais amontoadas e pega uma escada rolante que, apenar das placas de "sobe" de um lado e "desce" do outro, tem um funcionário pra controlar o trânsito. As verduras estavam sofríveis, mas isso quase não me incomodou. Nas outras seções, uma coisa não se liga à outra com muita facilidade, e achei meu queijo cottage graças à plaquinha que indicava "Gordurosos".
 
Gente, alguém me explica como um supermercado coloca uma plaquinha de "Gordurosos"???? Ok, a manteiga, queijo e etc são mesmo gordurosos, mas precisa lembrar o cliente? Não sei como venci o preconceito e entrei mesmo assim no temido corredor.
 
Os caixas ficam expremidos e quase não se encontra-os, já que no meio do supermercado tem uma lojinha de presentes (expremida, é claro). Não sei se é minha memória induzindo as coisas, mas tenho a impressão que a iluminação ali é péssima. Quando chegou minha vez de passar as compras, três crianças brincavam na barra de ferro que separa os caixas. Pedi licença pra passar o carrinho e fui solenemente ignorada. Minutos depois, passei o carrinho por cima de pés e esbarrando naquelas mãozinhas, mas ó, a tia avisou. A mãe achou ruim, mas não fez mais que me olhar feio.
 
Chegando no estacionamento, as rodas do carrinho faziam um barulho infernal pelo atrito com o piso, que era tanto que meus braços tremiam. Quando finalmente (ufa!) guardei as compras no carro, uma grata surpresa: o guarda do estacionamento prontamente pegou meu carrinho para guardá-lo.
 
Não sei se os 60 reais que gastei no Moreirinha seriam 80 no Extra (meu preferido) ou 70 em outros supermercados da capital. Talvez ficasse a mesma coisa, não sei e não quero comprar. Mas tenho certeza que não volto no supermercado onde "meu dinheiro não sai de Goiás" tão cedo.