quinta-feira, 10 de junho de 2010

Elétron

Meu coração parou de bater e ficou suspenso naquele choque surdo das notícias bombásticas. Mas foi só pra voltar a bater num ritmo mais compassado e forte, até meio chato, mas agora certo. Por que meu coração é criança pequena, ansiosa pelo Natal ainda no meio do ano. Coração que vê estrela e acha que tem fogueira, não sabe admirar luz fria e distante (que também é bonita, filha, aprende).
Tem que saber usar a força de forma contínua, pra que ela seja construtora e não destruidora. E se for pra destruir, que sejam os vícios, os muros altos, os medos e a cegueira. E deixar ir esse passado pesado, as mágoas encardidas, o que não foi nem mais será.
Deixa fluir tudo, mesmo que o choro ainda não tenha acabado, mesmo que a frustração ainda impere, transforma tudo em raiva e grita, bate bem forte até sangrar os punhos. Aí a vitória vai ser sua e não mais da sorte. Aí você vai poder, sim, ser um tantinho esnobe e muito orgulhosa de ter lutado por você. E ser seu prórpio prêmio, sua própria luz, cidadã reconhecida do planeta alfa que pisa macio sobre a Terra.