quinta-feira, 6 de maio de 2010

Designo

Se eu pudesse te dar uma coisa, entre as tantas boas que desejo, seria o seu nome. É um presente estranho, já que seus pais pensaram tanto e escolheram como te chamar, e a vida confirmou que seria assim mesmo que as pessoas iam se referir a você. Um nome comum, fácil de pronunciar. Mas tão lindo, tão forte, tão completamente seu que me parece mesmo uma afronta outras pessoas andando por aí com o mesmo nome que você atende. Tanta gente pelo mundo, com outras caras, outras formas, vidas alheias à sua e o mesmo som que te designa. Não, não, isso com certeza não é certo.
Que se chamem Aloízio, Rodolfo, Galopante, Meteoro de Pégasus, Astolfo, Astrogildo. Ou até números, estações do ano, meses do calendário ou gestos, tanta gente que nem por gestos merece ser chamada!
E a junção de letras, as poucas síladas que se transformam em sons e num instante já está ali, uma vibração de cordas que impressioa os ouvidos presentes, que imediatamente a ligam à imagem tão bem formada que só pode ser única: você. 

Um comentário:

Claudia disse...

Este está definitivamente na categoria "Eu gostaria de ter escrito".