quarta-feira, 21 de março de 2012

Inside

There´s a feeling that goes around
and comes around
It´s like taking a deep breath
It´s like being on the wild
It feels like a long lasting storm
It´s like being in love
madly in love all the time
This feeling is exhaustive
exasperating
But still

It´s when I feel more like the real me

Há um sentimento que vai e vem por aí
É como respirar profundo
É como estar em estado selvagem
Parece com uma longa tempestade
É como estar apaixonada
Louca de amor o tempo todo
Este sentimento é exaustivo
exasperador
Mas, ainda
É quando me sinto mais verdadeiramente eu

terça-feira, 20 de março de 2012

Pela tarde

Às vezes me sinto como se já tivesse perdido muitos amores e chorado rios de lágrimas, travado batalhas épicas por minha terra, lutado pela libertação feminina e criado filhos que, hoje, levam adiante o legado da família. É como se já fosse uma matriarca de respeito e patrimônio bem constituído, pronta para contar minha história a uma neta, balançando suavemente na cadeira de balanço na varanda do casarão, chorando levemente nos trechos mais emocionantes e bebendo uma xícara de algum chá exótico, hábito antigo dos velhos tempos de selvagem.

As Brumas de Fiesole

Hoje, ao falar da Europa, me deu uma saudade danada de Fiesole, uma cidadezinha na Itália, bem perto de Firenze (Florença). Saudade, mas não voltaria lá. A memória que eu tenho é tão bonita que não quero alterar. Os contornos são vagos, o sentimento é preciso. Não quero chegar em Fiesole num dia lindo de sol e tirar a foto que todo mundo tira.
A cidade é tão pequena que um dos atrativos é a vista para a irmã mais famosa, Firenze. Eu fui em um dia de muita neblina. Não pude ver a tal vista, mas fiquei envolvida pelas brumas que me deram uma sensação de ter voltado no tempo.
Foi um dia mágico. Sozinha, peguei um ônibus, desci no ponto errado, andei pela cidade, vi ruínas, comi uma massa acompanhada de um copo de vinho (viva a Itália), roubei uma azeitona do pé e me senti maior, mais crescida, mais humana.


Quando voltar à Itália, minha prioridade é conhecer Roma, Veneza, e, é claro, voltar a Firenze, onde tenho casa, comida e colo. Se voltar a Fiesole, vai ser para compartilhar a cidade com alguém especial. E se o destino ajudar, vai ser um dia de muita neblina.